21 out, 2017 - 17:21
O Governo anunciou que tomará a sua posição accionista no SIRESP (Rede de Emergência e Segurança), podendo inclusivamente chegar ao controlo, e promoverá programas para enterramento de cabos aéreos e limpeza de vias.
Estas medidas foram anunciadas pelo ministro do Planeamento e das Infraestruturas, Pedro Marques, numa conferência de imprensa, enquanto decorreu a reunião extraordinária do Conselho de Ministros em São Bento destinada a adoção de medidas de prevenção e combate aos incêndios.
Pedro Marques afirmou que o Estado, através da conversão de créditos, vai reforçar a sua posição accionista no SIRESP, aumentando assim a sua influência ao nível da gestão do sistema.
O ministro do Planeamento e das Infraestruturas admitiu que a prazo o Estado poderá ter mesmo uma posição de controlo accionista do SIRESP.
Vão também ser compradas mais quatro antenas móveis para reforçar a cobertura do sistema em caso de necessidade.
Contratadas 100 equipas de sapadores, 50 vigilantes da natureza
Já o ministro do Ambiente anunciou um investimento de cerca de 20 milhões de euros no domínio da resiliência do território, nomeadamente a contratação de 100 equipas de sapadores, 50 vigilantes da natureza e um projecto de voluntariado jovem.
No âmbito da reunião extraordinária do Conselho de Ministros, destinada a aprovar medidas de prevenção e combate aos incêndios florestais, bem como reparação dos prejuízos, e que decorre na residência oficial do primeiro-ministro, em São Bento, o governante João Matos Fernandes disse que foram tomadas quatro decisões no domínio da resiliência do território nacional.
Uma das quatro medidas anunciadas foi a replicação do projecto-piloto da Peneda-Gerês, em que a área ardida foi 60% inferior ao ano passado, a outros parques florestais nacionais, avançou o ministro do Ambiente.
O Governo vai ainda avançar com "um vasto projeto de aquisição de equipamentos e contratação de sapadores", em que vão ser contratados nos próximos dois anos cem novas equipas de sapadores, o que corresponde a 500 pessoas, revelou o governante, indicando que atualmente existem 292 equipas de sapadores.
A prevenção e o combate aos incêndios florestais vão ser reforçados com mais 50 vigilantes da natureza, dos quais 20 entram já ao trabalho no próximo dia 4 de Novembro.
No âmbito da prevenção estrutural das matas nacionais, o Governo vai alocar três milhões de euros para a rede primária de defesa contra incêndios, investimento que poderá ser "multiplicado" através de uma candidatura ao Programa Operacional Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos (POSEUR).
Além destas medidas, vai ser implementado "um projecto de voluntariado jovem para natureza e para as florestas", prevendo envolver no próximo ano 10 mil jovens, entre os 18 e os 30 anos, na sensibilização da comunidade para as questões da proteção da natureza, anunciou o tutelar da pasta do Ambiente.
De acordo com João Matos Fernandes, o investimento total que será realizado neste âmbito será de "aproximadamente 20 milhões de euros".