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Santana Lopes. "Estou aqui e vim para clarificar"

22 out, 2017 - 16:42

Candidato social-democrata desafiou Rui Rio a fazer debates em cada distrital do partido.

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O candidato à presidência do PSD Pedro Santana Lopes afirma que está na corrida à liderança do partido para "clarificar", defendendo que os sociais-democratas devem orgulha-se do trabalho de "salvação nacional" feito por Pedro Passos Coelho.

Santana Lopes falava no lançamento da sua candidatura à presidência do PSD, numa sessão com centenas de apoiantes em Santarém, num discurso em que, logo nas suas primeiras palavras, referiu um dos seus principais objetivos na corrida para as "directas" de Janeiro.

"Em 2005 disse que ia andar aí e nunca pensei que essas palavras tivessem até hoje tal impacto. Hoje estou aqui, vim para clarificar, porque o PSD precisa disso e Portugal também precisa disso", declarou, recebendo uma prolongada salva de palmas.

Pedro Santana Lopes explicou depois qual uma das duas ideias de clarificação. "O meu nome é Pedro Santana e espero ser o novo líder do PPD-PSD".

"O PSD orgulha-se do trabalho de salvação nacional feito pelo Governo de Pedro Passos Coelho. Queremos um partido sem memória?", questionou o ex-provedor de Santa Casa da Misericórdia, numa alusão aos sociais-democratas que se demarcaram do anterior executivo.

"Nunca andei a criar movimentos para derrotar os candidatos do meu partido" e agora "queremos construir alternativa sólida, reformista e inovadora". Durante o seu discurso de quase uma hora, desafiou Rui Rio a fazer debates em cada distrital do partido.

Numa das várias diferenciações em relação ao outro candidato à liderança dos social-democratas, Santana deixou claro: "Nós somos um partido que vai do centro-direita até ao centro-esquerda. Francisco Sá Carneiro e Cavaco Silva nunca andaram entretidos com dissertações sobre essa matéria e levaram-nos a vitórias muito importantes. Eu quero fazer o mesmo, não tenho complexos nessas matérias".

Santana Lopes lembrou que "a vida é feita de vitória e derrota e vitória outra vez", "orgulho-me de tudo o que fiz e não fiz" e, para futuro, "desafiei grandes valores do nosso partido a elaborarem um programa".

Em directo no CNEMA, perante sala cheia, Santana Lopes deixou também palavras para o actual executivo. "Não gosto de lhes chamar geringonça", são "uma frente de esquerda com comunistas e extrema-esquerda, na qual o PS se aproveita para governar com um programa que não é o seu". António Costa assumiu que queria governar à esquerda e, segundo o antigo provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, "este Governo é mau para o nosso país" e até pode não chegar ao fim da legislatura.

"Entendo que é manifesto que a frente de esquerda que sustenta o Governo está com dificuldades que não tinha há uns tempos. Fechou um acordo em torno do Orçamento do Estado para 2018, mas é manifesto aquilo que se passa ao nível da contestação social. Há discordâncias e manifestações de ruptura, quer da parte do Bloco de Esquerda, quer da parte do PCP".

"Somos um partido que nasceu para ganhar, não para ser muleta de ninguém", acrescenta. "Defendo pactos de regime mas seremos intransigentes em matéria de princípios e valores". Apesar disso, "não sou do estilo de líder político que goste de estar sempre zangado, crispado ou que se aborreça com as boas notícias. Durante a minha liderança, durante a minha oposição ao Governo, garanto-vos que quando boas notícias chegarem sobre Portugal, encontrarão um sorriso nos meus olhos".

Pedro Santana Lopes tem como lema "Unir o partido, ganhar o país". O candidato social-democrata diz que aprendeu "em 2004 e em 2005 que a legitimidade de um voto não se herda, conquista-se".

O antigo primeiro-ministro, derrotado por José Sócrates, não esqueceu o passado e lembrou que em Portugal "está mal o modelo de crescimento e algumas elites políticas e económicas que eu denunciei em 2004 e 2005". "Elites essas que, ao longo de anos - como hoje em dia se vê e eu denunciei em 2004 e 2005 - trataram deles próprios e não trataram de Portugal e dos portugueses", referiu.

As eleições directas do PSD estão marcadas para 13 de Janeiro.

Comentários
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  • Carlos Mendes
    23 out, 2017 Sintra 09:06
    Santana Lopes o inconstante. Nunca completa nada. Deixa tudo a meio. No partido não vai ser diferente.
  • tsmaria fatima lopes
    22 out, 2017 Paredes deCoura 21:29
    Sr.primeiro ministro Costa eu sou uma doente oncologica invalida100%pode ver nos papeis da junta medica e dao uma pensao. 280.00Euros metade vai para medicamentos e doença apanhoume mas fez descontos vinte anos voce vivia com esta quantia e fui de taxii para porto 13anos tenho um credito de vivo pior agora do .que no tempo.do Salazar.muito pior.
  • socrates
    22 out, 2017 prisao 20:59
    cavaco dizia que s.lopes era má moeda.É mais um bom candidato para acelerar a bancarota
  • sebastiao
    22 out, 2017 lisboa 20:58
    A sua epoca jà passou, é uma figura muito gasta, não vem acrescentar nada de nada ,só confusão, na cabeça das pessoas.Já ocupou este cargo no P.S.D e deu zero resultados.O P.S.D com este homem no leme ,arrisca e perder tudo,eu sou P.S.D, Deus me livre votar neste homem.
  • Alexandre
    22 out, 2017 Lisboa 20:55
    Chegou e veio para corromper.
  • zézito
    22 out, 2017 brunhós 20:29
    PARA CLARIFICAR ! Na verdade sempre foste muito OPACO.
  • couto machado
    22 out, 2017 porto 19:26
    Ó Santana Flopes, vieste-te meter num vespeiro do camandro. Nem sabes o que te espera. Estavas tão bem na Casa Santa...
  • rm
    22 out, 2017 19:15
    DEJÁ VU
  • j magalhaes
    22 out, 2017 Porto 18:03
    será que os PSDs perderam a memória do que este fulano fez no passado?
  • Francisco António
    22 out, 2017 Lisboa 17:41
    Acho muito estranho que PSL deixe o bem-bom da Santa Casa para nos vir fazer promessas !!!

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