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Debate da moção de censura

Cristas diz que Costa só pediu desculpas a título pessoal. Falta o Estado fazer o mesmo

24 out, 2017 - 16:11

"Quando Portugal precisava de um estadista, constatou que só tinha um político habilidoso", afirmou a líder do CDS.

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A líder do CDS-PP, Assunção Cristas, lembra que o Governo ainda não pediu desculpas ao país pelos incêndios deste Verão e de Outubro.

Para Assunção Cristas, o primeiro-ministro "não pediu desculpas em nome do Estado português", só o fez a título pessoal, mantendo-se "seráfico".

No debate da moção de censura, na reacção à primeira intervenção do primeiro-ministro, a líder do CDS sublinhou que só a "contragosto" Costa mudou o discurso e repetiu: "Quando Portugal precisava de um estadista, constatou que só tinha um político habilidoso."

"Oportunismo político", acusa PS

Na resposta, o PS acusou o CDS-PP de “oportunismo político” pela moção de censura que decidiu apresentar ao Governo, desafiando Assunção Cristas a assumir as suas responsabilidades pelos anos em que tutelou as áreas da agricultura e do ambiente.

O deputado e vice-presidente da bancada socialista João Paulo Correia afirmou que “o Governo e o PS assumiram as suas responsabilidades em relação ao que correu mal e ao que é preciso fazer” e questionou: “É hoje que o CDS assume as suas responsabilidades pela má condução da política florestal e pelos cortes na protecção civil e na defesa da floresta?”

Em concreto, João Paulo Correia desafiou Cristas a explicar porque critica as 19 nomeações feitas pelo actual Governo de novos comandantes distritais na Protecção Civil quando o anterior executivo PSD/CDS fez 21 nomeações entre Junho e Setembro de 2013, “em plena época de incêndios”.

Sobre este ponto, Cristas respondeu que “nomeações houve-as sempre”, mas considerou que “há uma diferença entre nomeações baseadas na competência e nomeações baseadas nos amigos”.

Os eucaliptos

A bancada do PS confrontou ainda a antiga ministra da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território com uma lei de 2013 que considera ter liberalizado a plantação de eucaliptos ou os cortes feitos na área das florestas, dizendo que imperava na altura “a política do Estado mínimo”.

Também a socialista Jamila Madeira criticou a moção de censura do CDS, que considerou ter apenas como móbil a disputa com o PSD pela “abertura dos noticiários da noite”.

Cristas respondeu com os orçamentos da Protecção Civil dos últimos anos, dizendo que 2016 e 2017 tiveram verbas inferiores às do anterior governo e que, mesmo em 2018, a verba será inferior à de 2012.

A líder do CDS-PP negou ainda ter feito qualquer liberalização do eucalipto, apontando números segundo os quais o crescimento médio da plantação desta árvore foi menor durante o executivo PSD/CDS-PP do que entre 1995 e 2000, período de governação socialista.

“Mas isso não vos incomoda, acabaram de nomear uma pessoa da área do eucalipto”, criticou, referindo-se à nomeação de Tiago Oliveira, quadro da Navigator (antiga Portucel), para a unidade de missão que irá repensar a prevenção e combate aos fogos florestais.

A líder do CDS-PP sublinhou que os mais de cem mortos nos incêndios deste Verão “ficarão para sempre” ligados à história deste Governo.

“Quem falha uma vez, quem falha segunda vez, quem aqui nem sequer uma palavra humana tem para deixar e faz do parlamento um palco para o Conselho de Ministros, não tem estatura para ser primeiro-ministro de Portugal”, acusou Cristas.

Do “habilidoso” ao “concurso de emoções”. O chumbo da moção teve várias censuras
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Comentários
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  • Cristas
    25 out, 2017 Lx 10:17
    Para boa malabarista estou cá eu!...a minha habilidade foi adquirida dos ensinamentos obtidos e ministrados pelo meu ex lider, irrevogável, Portas! Obrigado!
  • Theeites
    24 out, 2017 Covilhã 17:31
    Parabéns Drª Cristas, abaixo os malabaristas vigentes e incompetentes...
  • Oliveira
    24 out, 2017 coimbra 17:14
    Que nulidade esta tipa. Estava tão bem calada. Vale tudo para se manter à volta do tacho pago por todos os Portugueses. Ela sim, devia pedir desculpa ao País pelas asneiras que fez, aquando pendurada no coelho, que tanto prejudicam as matas portuguesas, e que agora estão transformadas num barril de pólvora... Enfim, são os políticos que temos e que elegemos, infelizmente. Nós também somos os culpados.
  • Rui
    24 out, 2017 Lisboa 17:05
    Não há muito para comentar a desfaçatez desta criatura que foi completamente arrasada pela deputada heloisa apolonia em menos de 5 minutos.
  • TheBeites
    24 out, 2017 Covilhã 17:01
    Habilidoso, é coisa despesista e trapezista, mas no fundo não passa de um pobre incompetente, ajudado por um Presidente, e digo eu, a miséria é apanágio de Plágio quando denunciada, que é o que se vê, e prolifera pela Terra, seja em que quadrante de Norte a Sul deste Mundo Azul... Demitir este Governo é necessário a um Futuro, que pouco promissor depois das falhas das migalhas e acendalhas, mais a dívida que não para de crescer e de a esconder...
  • Viajante
    24 out, 2017 Portugal 16:24
    No tempo em que foi ministra cortou milhões na defesa das florestas e permitiu que eucaliptos fossem plantados sem limites e agora exige que o governo em 2 anos resolva um problema que existe à décadas e que ela acentuou e de que maneira em 4!

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