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Incêndios. Apoio do Estado às empresas “é uma gota" para Cristas

25 out, 2017 - 15:14

A líder do CDS visitou empresas destruídas pelas chamas, em Oliveira do Hospital. Considera que o dinheiro "é pouco", mas deve ser disponibilizado rapidamente.

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A presidente do CDS-PP, Assunção Cristas, considera que o apoio financeiro do Estado para ajudar empresas afectadas pelos incêndios “é muito pouco”, mas deve ser disponibilizado de imediato.

“É uma gota, é muito pouco”, disse Assunção Cristas, quando questionada se será suficiente o apoio de 100 milhões de euros anunciado pelo Governo para recuperar todas as empresas atingidas pelos incêndios que deflagraram no dia 15 de Outubro.

Assunção Cristas, que falava aos jornalistas na zona industrial de Oliveira do Hospital, após ter visitado duas unidades industriais destruídas pelo fogo que assolou a região na semana passada, apontou o exemplo de uma empresa do sector têxtil, que empregava mais de 50 pessoas, e “precisará de 15 milhões de euros e um ano e meio a dois” para realizar a sua recuperação.

Ao lado desta fábrica, que o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, também já visitou, foi igualmente arrasada pelas chamas uma empresa de construção civil, onde estão ainda os destroços de dezenas de viaturas e máquinas.

Esta empresa vai necessitar, segundo os donos, “qualquer coisa como dois milhões e meio de euros” para poder retomar a laboração, acrescentou Assunção Cristas, que estava acompanhada de outros deputados do CDS-PP.

“O montante que até agora foi anunciado” pelo Governo para apoiar a reposição da capacidade produtiva das empresas destruídas, total ou parcialmente, “parece-nos muito pouco”, sublinhou.

No entanto, “o que existe tem de ser imediatamente mobilizado”, defendeu.

Ao referir que “há prejuízos muito grandes” na área industrial, a líder centrista realçou, por outro lado, que a actividade agrícola “demora ainda mais tempo a recuperar” dos danos causados pelos incêndios.

“Não se recuperam olivais ou vinhas num ano e meio ou em dois”, acrescentou.

Assunção Cristas insistiu ainda na proposta do CDS-PP para que seja criada “uma unidade de missão para a reconstrução”, liderada por “uma personalidade de reconhecido mérito” a nível nacional ou regional.

“A reconstrução tem de ser vista com toda a atenção”, adiantou, defendendo a necessidade de uma entidade “que possa servir de facilitador entre as empresas e o Estado, de maneira a que todos os processos sejam agilizados”.

Essa unidade de missão permitirá ainda “que as pessoas sintam que, de facto, não se está a perder tempo, antes se está a ajudar para recuperar o mais rapidamente possível estas capacidades produtivas” destruídas pelo fogo.

Antes da visita à zona industrial, Assunção Cristas visitou o quartel dos Bombeiros Voluntários de Oliveira do Hospital, onde, da parte do comandante da corporação, Emídio Camacho, ouviu esclarecimentos e relatos da tragédia do dia 15.

As centenas de incêndios que deflagraram no dia 15 de Outubro, o pior dia de fogos do ano segundo as autoridades, provocaram 45 mortos e cerca de 70 feridos, perto de uma dezena dos quais graves.

Os fogos obrigaram a evacuar localidades, a realojar as populações e a cortar o trânsito em dezenas de estradas, sobretudo nas regiões Norte e Centro.

Esta é a segunda situação mais grave de incêndios com mortos em Portugal, depois de Pedrógão Grande, em Junho deste ano, em que um fogo alastrou a outros municípios e provocou, segundo a contabilização oficial, 64 mortos e mais de 250 feridos. Registou-se ainda a morte de uma mulher que foi atropelada quando fugia deste fogo.

Comentários
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  • Maria
    26 out, 2017 Marinha Grande 23:36
    Penso que os políticos estão a visitar as zonas onde há simpatia pela sua cor politica. Porque hoje foi Assunção Cristas em Oliveira do Hospital, ontem foi Catarina Martins na Mª Grande, entretanto Paços Coelho ou dos seus futuros sucessores a visitar Mira e Jerónimo de Sousa a visitar também a Mª Grande. Que tal fazerem um percurso por todas as zonas onde houve fogo no passado dia 15, independentemente da cor politica???? E já agora porque é que o PR não foi a Mira e Tocha e à Mª Grande????? Também aqui houve gente que perdeu casa, emprego, felizmente só não se perdeu vidas humanas.
  • Habilidoso
    26 out, 2017 Lx 08:43
    Não foi esta a palavra com que apelidou o primeiro-ministro? Esta dona só poderia estar a ver ao espelho o seu irrevogável ex lider Portas que a formou e escolheu como seu sucessor, para continuar com as habilidades que ele tinha! Não era ele o maior dos habilidosos? Quem tem telhados de vidro deveria ser muito nais comedido antes de insultar os adversários! A dona Cristas não sai bem com estas atitudes!
  • para a foto
    25 out, 2017 lx 19:17
    e para a demagogia, não está nada mal!...fica nela muito bem!
  • fanã
    25 out, 2017 aveiro 18:35
    Esta criatura não deve ter conhecimento da opinião publica em geral , que em nada a favorece . E há de quê ; a Rainha da hipocrisia e oportunista que foi, é , será e não mudará . Vá arranjar trabalho ou será que faz da Politica suja um emprego ???
  • omss
    25 out, 2017 Mafra 16:37
    Se esta srª fosse ministra, não só não tinha nada a ver com o assunto, (Lembro que foi ela que fez com que até nos regadios pudessem plantar eucaliptos) como o dinheiro não seria do seu 'forum político' quem lá estivesse tinha que ser assim porque o País não podia suportar tal despesas...BLá...Bláa Blá, É tão bom estar na oposição regaladamente bem colocada, concordo pois é aí que esta senhora deve de estar.
  • Abreu
    25 out, 2017 Lisboa 16:35
    A Cristas tem de dicidir, ou se abre 20 estações de metro ou se ajuda as vitimas dos fogos. Que se decida.
  • JA
    25 out, 2017 oliveira de frades 16:23
    È uma gota? Para quem nunca deu nada e só tirou, não deveria estar a insinuar que "é uma gota" Foi a Cristas e o Passos quem destruiu este pais...aind ame lembro as palavras do Passos "è para pagar custe o que custar" e agora é uma gota. Isso de ir ver miseria depois do fogo não é avaria nenhuma, devia estar no local por onde esse fogo passou como eu estive, e ia dizer que foi falta de meios, não havia meio que chegasse a lado algum, isto não era um fogo a lavrar normalmente, isto só se pode chamar um furacão de fogo, coisa nunca vista, não foi culpa do governo não.
  • otário cá da quinta
    25 out, 2017 coimbra 16:00
    E para aqueles que não são empresários, o que é ?! SERÁ QUE PARA TI NEM A MEIA GOTA DEVEM TER DIREITO ?
  • leonel
    25 out, 2017 lisboa 15:51
    Mãos largas...já não se lembra das filas para a sopa dos pobres, das pessoas que rebuscavam nos contentores do lixo qualquer coisa para comer. Já não se lembra dos que perderam as casas, o emprego. Por culpa da sua política. Isto é cinismo e hipocrisia.
  • lv
    25 out, 2017 lx 15:28
    Para quem tantlo apoiou a plantaçãlo do eucalipto, compreende-se!

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