26 out, 2017 - 09:08 • José Pedro Frazão
O que separa Rui Rio de Santana Lopes em matéria de política
externa? Nos últimos minutos de um programa onde debateu semanalmente esses
temas com António Vitorino na
Renascença,
o agora candidato à liderança do PSD não conseguiu definir as diferenças entre
o seu posicionamento e o do seu rival neste particular.
"Não sei bem. Confesso que não conheço assim com tanta profundidade o seu pensamento nestas matérias. Sei que ele também respeita os compromissos externos de Portugal com os nossos aliados. Espero que esta campanha ajude a clarificar essas questões", respondeu o antigo primeiro-ministro na despedida do programa "Fora da Caixa".
Santana Lopes reconheceu que os debates em que participou na Renascença com António Vitorino expuseram grande parte do seu pensamento sobre questões de política externa.
"Não consigo ter a visão do ser humano que, chamado a responsabilidades publicas, seja diferente do que era antes de as ter. Naturalmente que os pensamentos que aqui fui exteriorizando correspondem aquilo que penso e sinto. Apesar de hoje o mundo mudar a uma velocidade constante, os princípios e valores não mudam e devem manter-se para além das conjunturas."
Reflorestação em Portugal deve ter apoio europeu
É apenas uma questão de negociação. Pedro Santana Lopes acredita que a União Europeia vai ajudar no financiamento da reflorestação nas áreas consumidas pelos incêndios na zona centro.
"Com a importância que a União Europeia dá ao ambiente, só toda a questão da reflorestação, para além da reabilitação e reconstrução, mas também o envelope financeiro para a reflorestação são questões obviamente muito relevantes", argumenta Santana Lopes no último programa de debate de temas europeus e internacionais da Renascença.
O candidato à liderança do PSD disse ter escutado as preocupações dos autarcas da região centro sobre o seu envolvimento nas decisões de recuperação de áreas ardidas.
"Em todas as situações, por muito trágico que seja, temos que tentar aproveitar a oportunidade que temos para fazer melhor e corrigir. A grande preocupação deles é serem ouvidos, participar, definirem se devem ser espécies autóctones ou outras, para além da questão da reconstrução das casas", afirma.