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PSD vai votar contra o Orçamento do Estado

31 out, 2017 - 14:46

Passos Coelho argumenta que o documento não está virado para o futuro.

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O presidente do PSD, Pedro Passos Coelho, anunciou esta terça-feira que o partido vai votar contra a proposta de Orçamento do Estado para 2018 porque o documento "não está orientado para o futuro" nem serve "o interesse coletivo".

"É um Orçamento do Estado que merece o nosso voto contra, não há nenhuma dúvida sobre isso, porque não serve do ponto de vista estratégico o interesse colectivo, não está orientado para o futuro", criticou o líder social-democrata, na sessão de encerramento das jornadas parlamentares do PSD.

Passos Coelho deixou um aviso aos partidos que apoiam o Governo de que, não é por o PSD atravessar um período de disputa de liderança interna, que poderão contar com o seu apoio, em caso de uma eventual quebra dentro da 'geringonça'.

"Tem sido comum ouvir algumas notas do PCP dando conta que agora votam a favor na generalidade, mas ameaçando que pode não ser assim no final se a negociação orçamental com o Governo não for aprovada no parlamento", salientou.

Passos Coelho aconselhou os parceiros da maioria (BE, PCP e PEV) a discutirem "muito bem entre si" as alterações ao Orçamento, dizendo que não é por o partido estar a preparar diretas e congressos que "poderão pôr o PSD na posição embaraçosa de suportar um orçamento".

"Até eu ceder o meu lugar àquele que vier a seguir a mim, não é o PSD que suporta este Governo nem os seus orçamentos errados", garantiu.

O líder do PSD anunciou ainda que o partido apresentará propostas de alteração ao documento que, tal como no ano passado, não serão numa lógica de "leilão orçamental", mas de "traçar caminhos de resposta aos problemas".

"O PSD irá apresentar propostas que apontem para a centralidade que as empresas representam na estratégia de recuperação económica do país", disse, considerando que é por esta via que o país pode "melhorar a qualidade do emprego e o nível do rendimento".

O PSD irá também, explicou, reapresentar medidas que propôs no ano passado e que foram rejeitadas e tentar "corrigir erros clamorosos" que considera estarem contidos nesta proposta orçamental.

Na sua intervenção nas jornadas parlamentares do PSD, Passos Coelho carregou nas críticas à chamada 'geringonça', que considera ser "tão má" como pensava em 2015.

"Quando disse que era uma solução esgotada nunca quis dizer que ela não podia sobreviver ao tempo, a morte lenta é uma coisa que às vezes demora imenso tempo, é penosa e tem custos elevados. Assim são os custos que a 'geringonça' nos está a deixar", criticou.

Para o líder do PSD, no que é importante para Portugal, "a maioria não tem o mínimo de cimento e o mínimo de coesão", voltando a acusar o Governo de esconder a sua posição sobre o mecanismo de cooperação estruturada na área da Defesa por não contar nesta matéria com o apoio do PCP, BE e Verdes.

"No que é importante para o país, a 'geringonça' não tem entendimento e o PS não conta com a 'geringonça' para o que é relevante. Porque é relevante a 'geringonça' para o PS? Porque é a única maneira que o PS tem de fazer que governa", acusou.

Na sua última intervenção como presidente do PSD em jornadas parlamentares, Passos Coelho, que não se recandidata ao cargo que ocupa desde 2010, retomou algumas das críticas que tem feito ao Governo ao longo dos últimos dois anos, como não ter uma estratégia de médio e longo prazo e apenas se preocupar com o presente.

"Se à medida que os anos passam, gerimos apenas a conjuntura favorável, quando tivermos uma nova crise teremos de voltar ao princípio", alertou, lembrando que a economia tem ciclos e "as sociedades que são prudentes preparam-se".

Passos Coelho lamentou que, em Portugal, "se faça o contrário": "Tomamos os riscos pensando que o futuro há de sempre melhor".

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  • o que é o futuro?
    03 nov, 2017 lis 19:55
    para este espécime? É mandar os jovens saírem da zona de conforto, não serem piegas e emigrarem?...
  • Qual é?
    02 nov, 2017 lx 11:29
    A experiência de vida e de profissão de um gajo que nunca fez nada na vida, desconhece-se a profissão que teve e a mais valia que deu, para além de ter sido de imediato, "administrador" de empresas, que lhe foi facultado pelo "padrinho", que ele a seguir traiu, e tem a latosa de vir despejar teorias como se fosse o maior dos gurus? Os chavões que aplica são de uma total ignorância pratica das matérias e quer convencer-nos que ele é o maior dos maiores! Só se for lá da rua dele ou do seu aldeamento!...para vendedor de banha de cobra talvez tenha algum futuro!...
  • F. Almeida
    02 nov, 2017 Porto 00:52
    Passos Coelho e a Assunção Cristas se estivessem numa sala com gente da "geringonça" e se alguém dissesse que estava a chover diriam que estava a fazer sol. Ja' não perco tempo com eles. Começo é a preocupar-me com o dr. Marcelo Rebelo de Sousa, como em tempos, me preocupei com ff dr A'lvaro Cunhal ...
  • O mete nojo
    01 nov, 2017 Lx 18:52
    Este farsola continua a atentar-nos a inteligência!...e aparece logo às horas das refeições para provocar indigestão! Que vote contramas não chateie!
  • mendes
    01 nov, 2017 braga 14:02
    vos tendes razao este coelho nao presta mesmo bom e o ANTONIO COSTA esse que fez o contratos dos avioes que meteu na gaveta o estudo feito pelo governo do coelho para os avioes do combate aos incendios esse que acabou com os guardas florestais esse que era o braco direito do socrates pois e esse costa que nao ganhou as eleicoes mas e 1 ministro pois e esse e o COSTA que nos governa mas para a esquerdalha esse e que e bom
  • Rui
    31 out, 2017 Lisboa 21:48
    O que nos havia de cair no prato em plena hora de almoço, o diabo vem até à hora das refeições.
  • João Lopes
    31 out, 2017 Viseu 18:33
    O Historiador Rui Ramos escreveu hoje no Observador: António Costa é «o primeiro-ministro que sub-alugou o Estado ao sindicalismo comunista, e foi cumprimentado pela “paz social”. O chefe de governo que usou a boa conjuntura para incorrer em compromissos que ninguém sabe como sustentar numa conjuntura menos boa, e foi festejado por ter posto fim à “austeridade”». Mas diminui a produtividade e a poupança, e persiste a carga fiscal, as cativações e os cortes de investimento… O País não vai por bom caminho!
  • Manuel
    31 out, 2017 Moura 17:07
    E tu não tinhas a geringonça mas tinhas o CDS, os dois colocaram os portugueses na miséria.
  • Sai palha
    31 out, 2017 Lisboa 16:51
    Ó Passos, falas de futuro? Tu que és passado. E triste passado. Vai trabalhar, vai colar cartazes para campanha do Santanete outro inútil como tu.
  • Lopes
    31 out, 2017 Loulé 16:36
    Futuro? Tu que nos deste cabo do presente agora falas de futuro? Se era suposto ter piada, é das secas ò Coelho.

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