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​Costa diz que 2017 foi "particularmente saboroso para Portugal"

13 dez, 2017 - 19:22

Num discurso em Bruxelas, o primeiro-ministro ironizou com a mudança na liderança do Eurogrupo.

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O primeiro-ministro considera que 2017 "foi um ano particularmente saboroso para Portugal" e ironizou com um dos momentos do ano, a eleição de Mário Centeno para a presidência do Eurogrupo.

"Se nenhuma outra vantagem tiver, uma pelo menos seguramente [terá]: não teremos um presidente do Eurogrupo a ter uma visão idêntica à que o actual [Jeroen Dijsselbloem} tinha sobre os países do sul da Europa", disse António Costa, perante dezenas de funcionários portugueses das instituições em Bruxelas.

Na recepção natalícia oferecida pela representação permanente de Portugal junto da União Europeia (UE), Costa recordou que se celebram agora 10 anos sobre a assinatura do Tratado de Lisboa.

Lembrou as presidências portuguesas da União Europeia, todas elas "marcantes", e defendeu que aquilo "que tem permitido sempre a Portugal afirmar-se", apesar de haver muitos Estados-membros com dimensão económica e política superior, "é nunca se ter conformado na sua posição, e pelo contrário, ter percebido sempre que tem de ser particularmente activo".

"E é assim que ao longo destes 30 anos já tivemos um português eleito e reeleito presidente da Comissão [José Manuel Durão Barroso], os comissários, a começar pelo actual [Carlos Moedas, presente no evento], têm sido sempre reconhecidos pela excelência do seu desempenho e, nas diferentes instituições, sempre temos marcado positivamente a nossa presença e é esse esforço que temos de continuar a fazer e que diariamente temos de fazer", disse.

Apontando que "este ano foi um ano particularmente saboroso para Portugal", António Costa lembrou como o cenário mudou ao longo dos últimos 12 meses, recuando ao evento semelhante realizado há um ano na "embaixada" de Portugal junto da UE.

"Há um ano estávamos aqui, apesar de tudo, já a celebrar não nos terem sido aplicadas sanções, estávamos aqui com alguma esperança de que iríamos conseguir mesmo sair do procedimento por défice excessivo. Mas, a verdade é que podemos olhar para o ano de 2018 já sem receio de sanções, já sem receio de termos de ter novas discussões sobre décimas nominais ou estruturais para o procedimento de défice excessivo e até encarando já com normalidade que o ministro das Finanças português possa ser o próximo presidente do Eurogrupo", referiu.

Introduzindo então a sua nota irónica sobre a diferença de perspectivas do actual e futuro presidentes do fórum informal de ministros das Finanças da zona euro sobre os países do sul da Europa, numa alusão às polémicas declarações de Dijsselbloem sobre os países do sul não terem legitimidade para pedir dinheiro depois de o gastarem em "álcool e mulheres", António Costa, num tom mais grave, comentou que tal mudança "não é de somenos e significa claramente que algo de novo está a acontecer na Europa".

"Há uma nova vontade, depois de anos muito difíceis e em que muitas divisões existiram entre os diferentes países europeus, de seguirmos em conjunto, reagindo positivamente. Se calhar o choque do 'Brexit' foi excessivo para o que era necessário, mas o que é verdade é que desde esse momento há com que uma nova vontade de a Europa se construir", regozijou-se.

António Costa chegou esta quarta-feira a Bruxelas para participar, na quinta e sexta-feira, no último Conselho Europeu do ano.

Comentários
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  • Cidadão
    20 dez, 2017 Planeta Terra 22:55
    CANIBAL!!!
  • Ângela Cristina Silv
    20 dez, 2017 Tondela 20:51
    O Sr. Primeiro Ministro devia ter vergonha na cara, pois quando afirma que 2017 foi um ano saboroso... Sem comentários
  • a maledicencia
    16 dez, 2017 lis 22:10
    da oposição, já faz parte da forma como fazem politica, porque não sabem fazer mais nada do andar a correr atrás das desgraças para se aproveitarem delas, partidariamente! A estupidez é tanta, que nem conseguem distinguir os contextos em que são ditas certas frases! Para eles, que deixaram o país na maior das pobrezas em democracia, que destruíram milhares de famílias, financeira e socialmente, quando mandaram emigrar e saírem da zona de conforto, aqueles academicamente mais habilitados e necessários ao país, vêm agora hipocritamente atacar, quem está esforçadamente a dar sentido à vida dos portugueses que eles diariamente angustiavam! Sacanagem da pior espécie que nem merecem o ar que respiram!
  • Helana Matos
    15 dez, 2017 Coimbra 00:42
    António Costa já nos habituou a frases infelizes q mostram a insensibilidade q o domina. Basta lembrar a atitude displicente e quase a tocar o desprezo com que formulou o pedido de desculpas às vítimas das tragédias de junho e outubro ou a risada que deu qdo lhe propuseram a demissão da ministra a propósito destas degraças. Náo lhe ficava mal aprender alguma coisa com o único dos ministros que presta. o da saúde, q a propósito das vítimas da legionela mostrou algum cuidado e solidariedade. Pelos vistos o único q o põe em sentido é o PR, senão ainda éramos mais maltratados. Anda atrás dele que nem uma sombra, mas não aprende. há coisas q ou vêm de dentro ou nunca mais se adquirem e Costa não sabe, nunca soube, o que é partilha, o que é companheirismo, o que é estar ao lado dos outros nos maus momentos. Mostrou-o com Seguro, está a mostrá-lo agora todos os dias.
  • Renato Bastos
    14 dez, 2017 Ponta Delgada 14:42
    Amigo F Tavares é que.Antonio Costa é socio de uma celulose por essa razão é que o ano de 2017 foi saboroso. Ele inventou um novo modo de fazer pasta de papel que consiste em uma mistura de pessoas queimadas e eucalipto. É um papel interativo.e amigo do ambiente.
  • fernando tavares
    14 dez, 2017 ESPINHO 10:42
    Agora António Costa resolveu declarar que o ano de 2017 foi particularmente saboroso para Portugal. Depois dos 64 mortos do incêndio de Pedrógão Grande em Junho, a que se somaram os 45 mortos do incêndio da Lousã em Outubro, sem que nenhuma destas famílias tenha recebido até agora um cêntimo de indemnização, mas antes se tenha defrontado com uma teia de burocracias, segredos e impunidades em que o Estado é fértil, só faltava mesmo que o Primeiro-Ministro viesse avaliar assim o ano. Mas as suas declarações não espantam ninguém. Depois de António Costa ter avisado que só podiam esperar “que ele se risse”, quando lhe sugeriram que demitisse a sua Ministra depois dos fogos, está à vista a sua insensibilidade para o estado do país. E no fundo tem razão. Como o governo não quer saber do país para nada, para o governo na verdade 2017 foi um ano particularmente saboroso. Já para o resto do país foi um ano particularmente amargo.
  • Silva
    14 dez, 2017 Coimbra 09:23
    Se estivesse a tomar conta das porcarias do pais faria melhor figura

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