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Associação Transparência e Integridade apela ao PR para vetar alterações ao financiamento partidário

27 dez, 2017 - 16:21

Numa carta aberta ao Presidente da República, a direcção da Transparência e Integridade considera que o diploma "um ataque directo à integridade do processo legislativo" e "uma ameaça séria à qualidade das instituições democráticas e à confiança dos cidadãos".

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A associação Transparência e Integridade apela ao Presidente da República para que vete o diploma que alterou a lei do financiamento dos partidos políticos, considerando que representa uma "ameaça séria à qualidade das instituições democráticas".

Numa carta aberta ao Presidente da República, divulgada esta quarta-feira, a direcção da Transparência e Integridade [TI] presidida por João Paulo Batalha, considera que o diploma é "não só um ataque directo à integridade do processo legislativo, mas uma ameaça séria à qualidade das instituições democráticas e à confiança dos cidadãos nos partidos políticos e na instituição parlamentar".

A TI - Associação Cívica apelou ao Presidente da República para que exerça o direito de veto e o devolva ao parlamento, onde, acusou, "foi preparado à porta fechada, sem qualquer estudo ou debate público".

Segundo aquela associação, o diploma "pouco faz para aumentar a eficácia objectiva do controlo dos financiamentos políticos e das campanhas eleitorais" e introduz alterações que "não só importam elevadas benesses financeiras para os partidos políticos como encerram novos riscos de corrupção" numa área "tão sensível e crucial para a qualidade da democracia".

Antes da divulgação desta "carta aberta", o presidente da associação Transparência e Integridade tinha declarado à Renascença que a forma como foram aprovadas as alterações à lei de financiamento dos partidos constitui "um processo vergonhoso".

O diploma, aprovado na quinta-feira passada no parlamento, dia 21 de Dezembro, com os votos contra do CDS-PP e do PAN, autonomiza a Entidade das Contas e Financiamentos Políticos, que passa a ter a competência para aplicar as coimas por ilegalidades nas contas partidárias e eleitorais, estabelecendo como instância de recurso o plenário do Tribunal Constitucional.

Contudo, além destas e outras alterações de processo, o PS, PSD, PCP, BE e PEV concordaram em mudar outras disposições relativas ao financiamento partidário, entre os quais o fim do limite para as verbas obtidas através de iniciativas de angariação de fundos e o alargamento do benefício da isenção do IVA a todas as actividades partidárias.

Até agora, os partidos podiam requerer a devolução do IVA (Imposto sobre o Valor Acrescentado), mas apenas para atividades diretamente relacionadas com a divulgação da mensagem política.

A Transparência e Integridade - Associação Cívica é o capítulo português da `Transparency International´, rede global de Organizações Não Governamentais anticorrupção presente em mais de 100 países.

Comentários
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  • VICTOR MARQUES
    28 dez, 2017 Matosinhos 10:19
    Deixai o Presidente em paz! Ele lá vai "encantado e rindo", abraçando e beijocando! Não tem tempo para mais...
  • VICTOR MARQUES
    28 dez, 2017 Matosinhos 10:15
    E "Lá vamos, cantando o rindo" roubados, roubados sim!!!...
  • João Lopes
    27 dez, 2017 Viseu 17:45
    Pela calada da noite…repartem os despojos! A maior parte dos partidos parece que existem para se servirem do povo, não para defender o povo. Uma vergonha! Eles comem tudo… e não deixam nada! O PSD foi conivente, os comunistas do PCP, do Bloco e Verdes, e o PS social-marxista, muita conversa populista, mas depois … Só o PAN e o CDS votaram contra!
  • Contribuinte
    27 dez, 2017 16:51
    Desejo que o PR seja sensato (que é isso que eu penso em relação á sua pessoa) e que NÃO PERMITA QUE UMA SITUAÇÃO DESTAS VÁ PARA A FRENTE. Estes fulanos em vez de arranjar Leis para castigar severamente quem (politicos) ROUBE O PAÍS E O POVO que seja castigado SEVERAMENTE, vêm armados ao PINGARELHO COM SITUAÇÕES DESTE TIPO (ALÉM DE ESTAREM A PERDER TEMPO, POIS NÃO É PARA ISSO QUE ELES, LÁ ESTÃO É PARA RESOLVER OS PROBLEMAS QUE MUITOS D'ELES CRIARAM AO PAÍS) Deviam debater na Assembleia também que todos eles só deviam ser reformados na idade que estão a pôr as pessoas que trabalham para o País, que é coisa que grande parte d'eles não faz. SÃO TODOS DEMAGOGOS E PELINTRAS, é fácil decidir a vida dos outros assim como o dinheiro dos CONTRIBUINTES. Volta SALAZAR PARA PRESENCIARES TODA ESTA ESCUMALHA QUE ROUBA DESCARADAMENTE O POVO, ESCUMALHA ESSA que apregoa que o que vivemos é "democracia"

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