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O que é "reinventar"? A dúvida que a mensagem de Marcelo deixou a Taborda da Gama

02 jan, 2018 - 10:24

Taborda da Gama não sabe que o conceito é "do domínio da poética" ou "do domínio da prática e da política". Para Francisco Assis, o PR fez "um discurso apropriado" e no "tom certo".

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O eurodeputado Francisco Assis considera que o Presidente da República fez um discurso "expectável" e no "tom certo", na sua mensagem do Ano Novo.

"O Presidente da República encontrou o tom certo, porque não iludiu os problemas com que o país de defronta, recordando as tragédias que marcaram o ano e o que elas representam de atraso profundo do país, mas fez também um discurso voltado para o futuro, com a dimensão de esperança que tem de estar associada a mensagens desta natureza. Foi um discurso apropriado", diz Assis, no programa Carla Rocha - Manhã da Renascença.

No espaço de debate desta terça-feira, João Taborda da Gama não contestou esta análise, mas notou que é preciso esperar para avaliar o que é, para Marcelo, o conceito de "reinventar".

"O presidente fala de 'reinvenção', mas ainda é difícil perceber o que quer dizer com isso. Ou é do domínio da poética, e são palavras bonitas e de esperança, ou é do domínio da prática e da política e, nesse caso, gostava de saber o que é que o Governo vai retirar disso", declara Taborda da Gama.

Para o analista, Marcelo Rebelo de Sousa "fez um discurso que nós faríamos a um filho que aparece em casa com um teste de Matemática de 90% e um teste de Português com 20%". Numa situação destas, "fica-se sem saber bem se devemos elogiar ou criticar, ficamos sem saber bem o tom", o que explica que o Presidente tenha optado por "um discurso bipartido".

"Na parte em que correu muito bem, faz um elogio ao Governo pelos seus sucessos na área económica, elogiando também o mérito do Governo anterior, e, na parte má, refere-se à questões de soberania, com o caso de Tancos, também chamado ao discurso, os incêndios e o espectro da seca", nota, ainda Taborda da Gama.

Para Francisco Assis, ao falar em "reinventar", o Presidente da República está a lançar "um grande repto ao conjunto do Estado, a toda a sociedade portuguesa", para "irmos mais longe" no combate a "problemas que são estruturais, profundos, e não de superfície", sendo essa uma mensagem "não só para o Governo", mas para todos.

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Comentários
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  • José Cruz Pinto
    02 jan, 2018 Ílhavo 15:19
    Também eu não entendo bem. Parece que chegou agora a moda da reinvenção do País. Primeiro o Senhor Presidente da República, logo depois Pedro Santana Lopes; veremos quantos mais virão, todos a reinventar o País. Se a reinvenção for completa, quer no primeiro caso, por já sermos os melhores do mundo (e arredores) em tudo - futebol, música e tudo o mais, com todos a merecer comendas e um futuro lugar no Panteão -, quer no segundo, por se esquecer de se reinventar a si próprio e ao partido a que pertence, é praticamente certo que vamos acabar mal, ficando seguramente pior a emenda que o soneto.
  • julio
    02 jan, 2018 vila verde 14:15
    Que grande frase mesmo à medido deste cistema corrupto reinventar pode ser aldrabar manipular e outras formas de ser dos politicos

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