Siga-nos no Whatsapp
A+ / A-

​BE defende eutanásia no público e no privado

02 fev, 2018 - 23:16 • Susana Madureira Martins

Em entrevista à Renascença, José Manuel Pureza garante que o projeto bloquista “é um exercício de combinar o respeito pela vontade de todas as pessoas em fim de vida com um exercício de rigor". Já a diretora do instituto de bioética da Universidade Católica considera que "o grande debate deveria ser como conseguimos dar condições dignas para as pessoas passarem os seus últimos dias.

A+ / A-
Eutanásia - José Manuel Pureza em entrevista a Susana Madureira Martins

O projeto de lei para a legalização da eutanásia que o Bloco de Esquerda (BE) vai permitir a prática da morte assistida tanto em serviços de saúde públicos como privados.

“Todos os atos médicos em Portugal são praticados de acordo com a lei, isso é que importa, quer nos estabelecimentos do Serviço Nacional de Saúde, quer do sector privado ou social que estão licenciados para o efeito”, afirma à Renascença José Manuel Pureza, promotores deste projecto.

“Não faz sentido que a prática de eutanásia, a morte assistida e antecipação da morte seja verificada apenas num destes sectores, porque todos os demais atos médicos são praticados em todos os setores, desde que se cumpra a lei”, sublinha.

O documento, que já foi apresentado ao Presidente da República, será divulgado no âmbito de uma conferência que tem lugar este sábado, em Lisboa, e resulta de um ano de debates promovidos por dirigentes do BE à volta do seu anteprojeto de lei.

Nesta entrevista à Renascença, José Manuel Pureza garante que foram feitas algumas “afinações”.

“É um exercício de combinar o respeito pela vontade de todas as pessoas em fim de vida com o exercício de rigor, de definição muito precisa das condições em que isso pode ser feito”, refere o bloquista.

Tópicos
Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

  • Liliana
    04 fev, 2018 Lisboa 10:51
    Os profissionais que aderirem ficarão marcados pelos pacientes e ninguém de bom senso quererá ser tratado pelos mesmos em alguma circunstancia -carrascos-terá que ser criada a equipa dos assassinos.?
  • Joao
    03 fev, 2018 Lisboa 11:10
    Depois da eutanásia se for legalizada virá a limitação ou proibição de atos médicos em pacientes idosos. É o fim da dignidade humana em Portugal.Afogado e a descer na conideraçao dos seus apoiantes vem propor o indefensável conceito que pena de morte pode ser legalizado.Espero que nas próximas eleições todos o q defenderem esta medida sejam penalizados.

Destaques V+