07 fev, 2018 - 14:19 • Sérgio Costa
O presidente da Câmara de Lisboa manifesta-se contra pressas no que diz respeito a legislação sobre eutanásia.
Fernando Medina defende que os projetos-lei sobre despenalização da eutanásia devem ser ponto de partida para um debate sério e alargado.
Na semana em que o PS anuncia que irá apresentar um projeto próprio sobre a despenalização da morte assistida, já depois de o Bloco de Esquerda ter apresentado a sua proposta neste domínio, o presidente da Câmara de Lisboa diz “não ser aceitável pressa ou qualquer pressão no processo legislativo sobre o tema”.
No programa “Casa Comum” da Renascença, Medina lembra a sensibilidade do tema que “tem de ser alvo de um amplo debate e partilha de opiniões".
É neste sentido que o autarca encara a apresentação de projetos-lei como um ponto de partida para uma “discussão que não está feita na sociedade portuguesa.
Na mesma linha, o eurodeputado Paulo Rangel apela a um debate sério, lembrando que há questões diferentes a ter em conta.
“Combate à obsessão terapêutica é uma coisa, falar de eutanásia tal como está prevista na Bélgica ou França é outra”, aponta. "A experiência em alguns casos é francamente negativa e até assustadora.”
Paulo Rangel conclui por isso que “a precipitação não é boa conselheira nesta matéria”.