17 fev, 2018 - 02:07 • Paula Caeiro Varela
Pedro Santana Lopes hesitou em encabeçar a lista de Rui Rio ao Conselho Nacional do PSD. Havia acordo, deixou de haver, mas, já durante a madrugada desta sábado, houve novo acordo. Era quase 4h00 da madrugada quando a equipa de Rui Rio fechou acordo com a do Santana, que, assim, será número 1 ao Conselho Nacional do partido.
O novo líder do partido tinha convidado o adversário nas diretas e o acordo parecia decidido, mas Santana parece ter mudado de ideias na noite de sexta-feira. Depois, voltou a mudar, já na madrugada de sábado, chegando a um acordo segundo o qual o órgãos do partido (à excepção da comissão política) vão respeitar o equlíbrio de poder saído das eleições directas de 13 de Janeiro, nas quais Santana alcançou 46 por cento dos votos.
Rio e Santana até entraram juntos na sala do 37.º congresso. Estava dado o sinal para mostrar união, consolidado com o facto de Santana ter sido convidado para liderar a lista ao Conselho Nacional, uma lista de unidade, onde Paulo Rangel seria o segundo nome.
Durante a noite, segundo fontes do PSD, Santana Lopes mudou de ideias e deu o dito por não dito, chegando a colocar-se a hipótese de ser Paulo Rangel a encabeçar a lista candidata ao órgão mais importante do partido entre congressos.
O dia de sábado será decisivo para fechar as listas aos vários órgãos do partido, mas a expectativa maior é conhecer os nomes da comissão permanente, ou seja, a equipa de vice-presidentes que Rui Rio no mandato que agora começa.
Fontes social-democratas dão como certos os nomes de Morais Sarmento e David Justino, ex-ministros de Durão Barroso, de regresso à direção do PSD, como vice-presidentes do partido, e o de Paulo Mota Pinto, ex-deputado, também ele de regresso depois de ter sido vice-presidente de Manuela Ferreira Leite, para presidir à Mesa do Congresso, lugar presentemente ocupado por Fernando Ruas.
[notícia actualizada às 11h00]