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“Quem não acredita no PS só tem uma escolha: o CDS”, disse Cristas na cara de Rui Rio

11 mar, 2018 - 14:42 • Eunice Lourenço , Susana Madureira Martins

Líder do CDS encerrou Congresso de Lamego com anúncio de Mota Soares, Raquel Vaz Pinto e Vasco Weinberg para lista ao Parlamento Europeu. E anunciou como meta eleger dois eurodeputados.

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“Quem não acredita no PS só tem uma escolha: o CDS”, disse Cristas na cara de Rui Rio
“Quem não acredita no PS só tem uma escolha: o CDS”, disse Cristas na cara de Rui Rio

Começou o discurso a falar do PSD como “partido amigo”, mas Assunção Cristas terminou o seu Congresso de afirmação a dizer na cara do presidente social-democrata, Rui Rio, aquilo que veio dizer de Lamego para o país: “Quem não acredita no Partido Socialista, quem não se revê nas esquerdas encostadas tem uma escolha clara, tem uma escolha segura, tem uma escolha inequívoca. E essa é só uma: nós, o CDS!”

Dividido em duas partes – uma mais temática, outra mais de estratégia política -, o discurso de encerramento do congresso do CDS foi já o lançamento para as próximas eleições. Cristas definiu três prioridades para as propostas do CDS (demografia, território e inovação), mas, disse “para se poderem executar estas políticas, é essencial conquistar previamente espaço de representação eleitoral”. Por isso, lançou já o próximo ciclo eleitoral, que tem eleições regionais na Madeira, eleições europeias e eleições legislativas, previsivelmente por esta ordem.

Quanto às regionais da Madeira, Assunção arrumou o assunto rapidamente: “ Seremos solidários e apoiantes das decisões do CDS Madeira, à semelhança do que aconteceu, com grande sucesso, nas eleições regionais dos Açores.”

Já quanto às europeias, fez questão de que o CDS fosse não só o primeiro partido a anunciar o cabeça de lista – Nuno Melo, anunciado no sábado e fortemente aplaudido de novo no encerramento do congresso -, mas também o primeiro a anunciar os nomes eventualmente elegíveis: o deputado e ex-ministro Luís Pedro Mota Soares, a especialista em questões internacionais Raquel Vaz Pinto e o jurista Vasco Weinberg, especialista em direito internacional e direito do mar. E também anunciou o objetivo: “Dobrar o resultado.”. Melo é, atualmente, o único eurodeputado do CDS, eleito em lista conjunta com o PSD.

É, no entanto, no que diz respeito às legislativas que se manifesta toda a ambição de Assunção Cristas: ser a alternativa ao que tem chamado de “governo das esquerdas unidas” e, neste congresso, passou a chamar “Governo socialista apoiado pelas esquerdas encostadas”.

Um Governo que, disse, “se limita a aproveitar a conjuntura externa favorável e é adepto do imobilismo, um Governo que não quer mudar nada e, se puder, ainda reverte mudanças que têm sido benéficas para o país, como a reforma laboral que tanto tem contribuído para a baixa do desemprego e a criação de emprego”.

Um Governo que, continuou, “esconde a austeridade na degradação dos serviços públicos básicos, como a saúde ou a educação, e nos impostos indiretos, não conseguindo reduzir a carga fiscal, que não virou a página da austeridade e tornou-a pior junto de quem tem menos”.

Cristas considera que este Governo não tem condições para “projetar um futuro a 10 ou 20 anos” e deu como exemplo a “recusa sistemática em regulamentar o teletrabalho na administração pública, como se o trabalho à distância não fosse um instrumento poderosíssimo para instituições, públicas ou privadas, e trabalhadores, que assim podem melhor conciliar trabalho/família e, conjugado com outras políticas, ocupar um interior hoje cada vez menos povoado”.

Os problemas do interior são, aliás, uma das prioridades do CDS, com Cristas a acusar mais uma vez o executivo liderado por António Costa de ter falhado “redondamente” a função básica de proteção de pessoas e bens nos incêndios do ano passado.

“É este Governo socialista que continuaremos a combater. É a este Governo socialista que somos alternativa, num contexto político constitucional hoje bem diferente”, prometeu Assunção, que subiu ao palco ao som da música “There’es nothing holding me back” de Shawn Mendes.

“Hoje o voto de cada português é mais livre do que nunca. Acabou o voto para o primeiro lugar. Em 2019, para governar, não é preciso ficar em primeiro lugar, é preciso garantir o apoio de um conjunto de 116 deputados! E acredito, chegaremos com mais facilidade a esse número somando deputados depois das eleições”, acredita a líder do CDS, que tem como estratégia há muito definida a opção por listas próprias do CDS nos vários actos eleitorais.

“Portugal ganha com vozes distintas. Portugal ganha com a liderança do CDS”, continuou Cristas, prometendo tudo fazer para “para conquistar uma maioria de 116 deputados para o espaço de centro direita nas próximas eleições”. E, com Rui Rio sentado nos lugares reservados aos convidados, proclamou: “Quem não acredita no Partido Socialista, quem não se revê nas esquerdas encostadas tem uma escolha clara, uma escolha segura, uma escolha inequívoca. E essa é só uma: nós, o CDS!”

“Acreditem porque não há impossíveis”, concluiu Cristas.

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  • Hipocritas
    14 mar, 2018 lx 12:49
    À conquista do poder! Este é o partido dos hipócritas e dos populistas, a servirem-se da democracia cristã! Só enganam quem se deixar enganar!
  • Marco Almeida
    11 mar, 2018 Olhão 22:10
    “Acreditem porque não há impossíveis”, concluiu Cristas. O Dona Cristas faça lá meio buraco se faz favor
  • João Lopes
    11 mar, 2018 Viseu 21:04
    Este pode ser o momento certo para o CDS se afirmar como o “o único partido não-socialista em Portugal”. E Rui Rio não é fiável: incompreensivelmente e sem ninguém lho pedir, ofereceu "ajuda" a um PS marxista e oportunista. Além disso que se pode esperar de um senhor que se diz defensor do aborto e da eutanásia? Quem não defende a vida huma-na em todas as circunstâncias, não defende a humanidade…é capaz de tudo!
  • Eborense
    11 mar, 2018 Évora 17:10
    Cá para mim, nas próximas legislativas, a vespa do Mota Soares vai ser suficiente para transportar os deputados do CDS para o parlamento. A Dr.(a) Cristas no seu discurso, parece que chegou agora à política e que nunca fez parte de nenhum governo, muito menos do anterior. Seria muito melhor que assumisse aquilo que de bom fez (não sei se fez alguma coisa de bom) e aquilo que de mau fez. Ficava-lhe muito melhor.

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