15 mar, 2018 - 15:18
O primeiro-ministro, António Costa, saudou esta quinta-feira, no debate quinzenal no Parlamento, o que apelidou de "enorme esforço coletivo que está em curso em todo o país" para limpar as florestas.
"Nunca houve tanta consciência do esforço de todos para prevenir os incêndios de verão", declarou o chefe do Governo.
António Costa recorda que, para a limpeza do mato, existem duas linhas de crédito: uma de 40 milhões para os proprietários privados e outra de 50 milhões para as autarquias.
O primeiro-ministro apelou a uma mobilização nacional para a causa da floresta, convidando todos os deputados a juntaram-se aos presidentes da República, do parlamento e Governo nas ações de limpeza dos próximos dias 24 e 25.
Segundo António Costa, o que aconteceu no último verão "mostrou ser urgente resolver os problemas estruturais" com que o país se confronta "há décadas e que têm sido agravados, nos tempos mais recentes, pelo fenómeno das alterações climáticas".
"A valorização e defesa da floresta requer não só uma reforma do setor que proteja os seus recursos e promova os seus ativos, mas também um novo modelo de prevenção e combate aos incêndios, que torne o território mais resiliente, as populações mais seguras e os terrenos mais sustentáveis. Termino reiterando o apelo a uma mobilização nacional para esta causa", disse.
O primeiro-ministro referiu então logo a seguir que "o senhor Presidente da República [Marcelo Rebelo de Sousa] e o senhor presidente da Assembleia [da República, Eduardo Ferro Rodrigues] já aceitaram o convite da Associação Nacional de Municípios Portugueses, juntamente com os membros do Governo, na grande ação de limpeza da floresta que é promovida nos próximos dias 24 e 25 de março".
"Deixo aqui o desafio a todas as bancadas a juntarem-se a nós para fazer de março o grande mês da limpeza da floresta", frisou o líder do executivo na parte final do seu discurso.
Perante os deputados, o primeiro-ministro considerou que a limpeza dos matos constitui "um passo fundamental para uma floresta mais resiliente e resistente ao risco de incêndio".
"Revela-se, pois, prioritário dar cumprimento à legislação que obriga à limpeza das propriedades privadas, uma obrigação que impende em primeiro lugar sobre os proprietários. O que se exige agora é o mesmo que se exige desde 2006, mas que ao longo destes 12 anos ficou por cumprir. Quero aqui saudar o enorme esforço coletivo que está em curso em todo o país. Nunca como nestes meses houve tão profunda consciência do dever de prevenir os incêndios", disse.
[notícia atualizada às 16h17]