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Rangel acusa Governo de “falta de solidariedade” por não expulsar diplomatas russos

26 mar, 2018 - 22:53

O eurodeputado diz que a decisão do Governo é ideológica condicionada pelo Bloco de Esquerda e PCP.

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Portugal está a faltar à solidariedade e a violar a tradição diplomática, ao recusar expulsar diplomatas russos, à imagem do que fizeram vários outros países ocidentais, na sequência da polémica tentativa de envenenamento de um ex-espião russo em solo britânico, considera Paulo Rangel.

Em declarações à Renascença, o eurodeputado do PSD lamenta a decisão do Governo, que disse ter tomado “boa nota” das decisões de vários outros países europeus, decidindo, todavia, não seguir o seu exemplo.

Trata-se de uma decisão ideológica, "totalmente inexplicável", que terá consequências para a imagem externa do país, diz Rangel.

“É obviamente uma situação delicada, mas o Ministério dos Negócios Estrangeiros está a falar contra a tradição da diplomacia portuguesa. Portugal é um aliado histórico do Reino Unido, é membro da NATO, tem também uma relação preferencial com os Estados Unidos e noutras situações similares nunca deixou de ser solidário com estes países, portanto penso que este é um sinal negativo”, diz.

“Havendo já um número muito grande de países a serem solidários, Portugal não devia deixar passar isto em claro. Parece-me um erro mesmo”, insiste Rangel.

Recorrendo à ironia, Paulo Rangel diz que certamente o governo britânico também terá tomado ‘boa nota’ da atitude portuguesa. “Relativamente ao Reino Unido, e aos Estados Unidos, que são os nossos aliados históricos, do ponto de vista da defesa e da segurança coletiva, evidentemente que isto não deixará de ser mal visto.”

“Não tenho dúvidas que o Foreign Office, em Londres, tomará também ele 'boa nota', já que Portugal toma 'boa nota' do que fazem tantos países, também ele tomará 'boa nota' de que Portugal, num momento desta gravidade, não foi um aliado solidário com o Reino Unido.”

O eurodeputado associa esta decisão ao acordo entre o PS e os partidos de extrema-esquerda no Parlamento. “A primeira coisa que me ocorre é que, sendo o Governo sustentado por dois partidos que são contra a integração europeia, que são contra a integração de Portugal na NATO, o Governo está a fazer jogo ideológico com uma matéria que é fundamental para a geopolítica portuguesa e penso que é uma resposta demasiado pequenina para um assunto desta gravidade.”

“Portugal, em termos de segurança internacional, está a falhar nas suas respostas por estar preso a uma coligação com estas características. Já tinhamos visto uma coisa parecida com a política de segurança comum”, acusa, lamentando que não tenha sido possível uma posição conjunta de toda a União Europeia.

Ao todo, só na União Europeia são mais de 100 os diplomatas russos que estão a enviados de volta ao seu país de origem, com os Estados Unidos a anunciar a expulsão de outros 60.

Theresa May, primeira-ministra britânica, e o seu ministro dos Negócios Estrangeiros, Boris Johnson, já agradeceram publicamente esta onda de solidariedade.

A Rússia, por sua vez, nega qualquer envolvimento na tentativa de homicídio de Segei Skripal e da sua filha e considera as expulsões um “gesto provocativo”.

[Notícia atualizada às 23h14]

Comentários
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  • pouco importam,
    30 mar, 2018 lis 19:13
    as discordâncias desta figurinha ridícula!...os argumentos circulares que gosta de palrar só podem ser dirigidos a estúpidos e fanáticos que acreditam nele!
  • o esbugalhado
    30 mar, 2018 lx 19:09
    continua na senda do ataque pelo ataque! E chama os outros de radicais!...o jogo de cintura que pratica é tal que qualquer dia cairiam-lhe as calças se não estivesse sentado!...é ridículo e o país é enxovalhado, com um deputado europeu deste calibre!
  • Anónimo
    28 mar, 2018 Porto 13:31
    Num centro comercial à moda dos terroristas, solidariedade para com os refugiados, os que movem esforço em lutas desiguais contra o mal não os que emprenham pelos ouvidos, os das histórias mal contadas (que para ganharem os 3% do PIB não olham a meios).
  • fanã
    27 mar, 2018 aveiro 18:46
    Coitado do Homenzinho.....a R.R , ilustra os artigos relativos a este Ilustre com cada foto mais esquizóide , o faciès que apresenta deixa pensar em alguém Doentio !!!!................Façam um esforço , digam ao homenzinho ....para sorrir !
  • 27 mar, 2018 aldeia 11:13
    uma figurinha do psdzinho......................e mais não disse!
  • Cidadao
    27 mar, 2018 Lisboa 09:29
    Fazer frente à Rússia, não é com expulsão de diplomatas irrelevantes, mas com voz grossa, política firme, e o rugido de milhares de motores de carros blindados e tropas a patrulhar as fronteiras. É a única linguagem que o "pudim", entende. Mas voltando a este esgazeado... Este não foi o tipo que quando o governo PAF caíu - apesar dos esforços desesperados do cavaquinho - andou lá por fora em Roadshow a incitar a Comissão europeia e o Directório, contra nós? Queria que nos causassem dificuldades e no limite não "admitissem" a tomada de posse do governo... era este, não era? Então está visto que ele só se preocupa com os interesses da família politica dele, e não com os interesses do País.
  • Vendilhões Patria
    27 mar, 2018 Lisboa 07:34
    Lá tinha este que vir asnar com o seu ar alucinado de boy Pafioso. O Miguel Sousa Tavares explicou muito bem qual a razão porque Portugal teve uma atitude correcta em não ter expulso os diplomatas. Como é óbvio Rangel não está minimamente interessado nos interesses de Portugal e dos Portugueses e está apenas interessado nos interesses da sua familia politica Europeia. Seria bom ver Rangel a fazer o contraditorio do que MST defendeu em vez de o ver a largar calinadas na defesa de objectivos alheios e pouco transparentes. Rangel que diga porque é que os Ingleses correram com os diplomatas e não correram com os grandes oligarcas Russos que têm residências em Londres , que são donos de grandes clubes Ingleses e de grandes mansões e que têm grandes negócios . Vá lá Rangel, com o teu olho de lince responde lá a essa. Responde também porque é que os Ingleses querendo sair da Europa agora apelam à solidariedade Europeia. Fica-se a aguardar uma resposta do iluminado do Rangel.
  • Afonso Alexandre
    27 mar, 2018 Portugal 03:13
    O Rangel, este traidor da pátria, que costuma lavar roupa suja no parlamento europeu. Nunca se interessa quando deixa Portugal mal visto na Europa, quando ataca e levanta suspeitas sobre o pais que deveria defender e lhe dá de comer. Agora está preocupado porque o governo não vendeu a alma ao diabo (como ele), seguindo os anglo-americanos nas suas guerras geoestratégicas.
  • Anónimo
    27 mar, 2018 01:22
    Queria o quê? Que o governo português expulsasse diplomatas russos antes sequer de haver provas do que quer que seja? PSD no seu melhor. Não me esqueço que foi Durão Barroso que deixou que Bush, Blair e Aznar se reunissem nas Lajes para planear um crime de guerra.
  • Augusto
    27 mar, 2018 Lisboa 01:11
    Portugal tem os seus interesses a defender e não tem de ir reboque da matilha, ou o Rangel acredita que algum destes governos está na realidade interessado nas sanções contra a Rússia ? A Inglaterra quer o dinheirinho dos oligarcas mafiosos que lhe faz muito jeito, o Trump tem de agradecer a vitória nas eleições ao apoio dos russos , tudo isto é uma fantochada e espero que o governo português não alinhe na conversa do Rangel.

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