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Bloco compara ataque à Síria à "guerra da mentira do Iraque"

14 abr, 2018 - 20:22

“Quando nos dizem que foi um ataque para proteger as populações, é mentira”, refere Catarina Martins.

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A coordenadora do Bloco de Esquerda compara a mais recente investida bélica de EUA, Reino Unido e França na Síria à "guerra da mentira do Iraque", apelando à comunidade internacional para condenar aqueles atos, considerando-os sem legitimidade.

"Quando nos dizem que foi um ataque para proteger as populações, é mentira. É preciso dizê-lo com todas as letras: é mentira. Tudo do que (Donald) Trump, (Theresa) May e (Emanuele) Macron querem é a escalada da guerra. Qualquer legitimidade da comunidade internacional a este ataque é um enorme erro. É bom lembrarmo-nos da guerra sob falsos pretextos ao Iraque e suas consequências", afirmou.

A dirigente bloquista, que falava durante uma conferência nacional sobre o Serviço Nacional de Saúde, em Lisboa, recordou que o ataque ocorreu na véspera da entrada naquele território de uma missão de investigação das Nações Unidas para averiguar a existência de armas químicas.

"Qualquer tentativa de legitimação deste ataque é também ser cúmplice de um crime de guerra. Para o BE, é essencial que se condene o ataque desta noite, a escalada de violência, que se aprenda com o que foi a guerra da mentira do Iraque e, sejamos justos, todos nós sabemos que não se protege nenhum povo fazendo chover bombas sobre a sua cabeça", vincou.

Os EUA, a França e o Reino Unido realizaram hoje uma série de ataques com mísseis contra alvos associados à produção de armamento químico na Síria, em resposta a um alegado ataque com armas químicas na cidade de Douma, Ghuta Oriental, por parte do governo de Bashar al-Assad.

A ofensiva consistiu em três ataques, com uma centena de mísseis, contra instalações utilizadas para produzir e armazenar armas químicas, informou o Pentágono.

O presidente dos EUA justificou o ataque como uma resposta à "ação monstruosa" realizada pelo regime de Damasco contra a oposição e prometeu que a operação irá durar "o tempo que for necessário".

Segundo o secretário-geral da NATO, a ofensiva teve o apoio dos 29 países que integram a Aliança.

A Rússia pediu, entretanto, uma reunião de urgência do Conselho de Segurança da ONU, "para discutir as ações agressivas dos Estados Unidos e seus aliados". Na reunião, os membros do Conselho de Segurança rejeitaram uma proposta de condenação dos ataques, apresentada pelos russos. Rússia, China, dois membros permanentes do Conselho, e a Bolívia, membro não permanente, votaram pelo texto, oito países votaram contra e quatro abstiveram-se.

O ataque da madrugada de hoje foi uma reação ao alegado ataque com armas químicas contra a cidade rebelde de Douma, em Ghuta Oriental, ocorrido no dia 7 de abril e que terá provocado dezenas de mortos e afetado 500 pessoas.

Esta manhã, na Batalha, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, referiu-se ao ataque feito por "três amigos e aliados" e "limitado a estruturas de produção e distribuição de armas estritamente proibidas pelo direito internacional e cujo uso é intolerável e condenável", citando a posição assumida pelo Governo português, através do Ministério dos Negócios Estrangeiros, que disse compreender as razões que levaram à intervenção militar desta madrugada na Síria, defendendo, no entanto, ser necessário evitar uma escalada do conflito.

"Portugal compreende as razões e a oportunidade desta intervenção militar", afirmou o Ministério dos Negócios Estrangeiros em comunicado, acrescentando que o objetivo foi "infligir danos à estrutura de produção e distribuição de armas que são estritamente proibidas pelo direito internacional".

De acordo com o comunicado divulgado pelo ministério de Augusto Santos Silva, o regime sírio "deve assumir plenamente as suas responsabilidades", já que "é inaceitável o recurso a meios e formas de guerra que a humanidade não pode tolerar".

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  • Edson Luiz Oliveira
    16 abr, 2018 Rio de Janeiro 05:36
    Logo no inicio dessa guerra na Síria, tivemos informação que a mesma iria acontecer devido a Bashar al-Assad não aceitar ordens quanto ao petróleo sírio. E, tem mais, na época foi repassado também, que o presidente sírio vetou a Monsanto, de cultivar soja transgênica no seu país. É sempre assim e foi sempre assim, todos que se recusam a cooperar para favorecimento da elite mundial sofrem retaliação, seja uma nação, uma empresa, uma pessoa..... Logo a guerra forjada foi a solução para punir a Síria pela desobediência. E, existe toda uma estrutura para dar suporte a mentira. Isso através de uma mídia comprada. Vamos tomar como exemplo o Brasil, se o mesmo resistisse contra essa elite mundial, logo logo estaria aqui sendo criado uma clima para acusar os opositores, para justificar um bombardeio. Eles criam o vilão e depois apresenta "o herói". E, com isso vão sugando as riquezas das nações e oprimindo o povo. Como Bashar al-Assad resistiu foi rotulado de ditador. Como ditador, se a Síria estava tão bem antes de invasão. E o negócio é tão sério que até a OMS conspira contra a Síria, acusando-a de ataque com armas químicas, pois a própria Russia, através da porta voz do Ministério das Relações Exteriores, disse que as pessoas que foram vista de branco, não são funcionários da OMS, mas sim os Capacetes Brancos, que é um grupo da al-Qaeda, administrado pelo M16 , cujo M16, o que se sabe já algum tempo, que foi criado e é financiado pelo Reino Unido.

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