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Rio quer "evitar escalada de violência" mas considera "equilibrada" intervenção

15 abr, 2018 - 15:24

Rui Rio considera que o uso de armas químicas na Síria não podia ficar sem resposta.

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O líder do PSD defendeu este domingo ser necessário "evitar uma escalada de violência" no conflito com a Síria, mas afirmou que o partido está "completamente concordante" com o "aviso" deixado àquele país contra o uso de armas químicas.

"A intervenção [o ataque com mísseis, por parte dos EUA, França e Reino Unido] teve a sua justa medida, foi equilibrada. O que é preciso agora é evitar uma escalada de violência, mas o que a Síria fez [ataque com armas químicas] não podia ficar sem resposta", afirmou Rui Rio, em declarações aos jornalistas à margem da sessão de encerramento do 25.º Congresso da JSD, que decorreu na Póvoa de Varzim, distrito do Porto.

Segundo Rio, "o PSD está completamente concordante com a intervenção dos EUA, França e Inglaterra", tendo-se tratado de "uma intervenção cirúrgica que não provocou danos nas populações e que avisou muito claramente a Síria de que não é admissível usar armas químicas contra populações indefesas".

Os EUA, a França e o Reino Unido realizaram no sábado uma série de ataques com mísseis contra alvos associados à produção de armamento químico na Síria, em resposta a um alegado ataque com armas químicas na cidade de Douma, Ghouta Oriental, por parte do governo de Bashar al-Assad.

A ofensiva consistiu em três ataques, com uma centena de mísseis, contra instalações utilizadas para produzir e armazenar armas químicas, informou o Pentágono.

O presidente dos EUA justificou o ataque como uma resposta à "ação monstruosa" realizada pelo regime de Damasco contra a oposição e prometeu que a operação irá durar "o tempo que for necessário".

Segundo o secretário-geral da NATO, a ofensiva teve o apoio dos 29 países que integram a Aliança.

Na sequência destes ataques, e a pedido da Rússia, realizou-se uma reunião de urgência do Conselho de Segurança da ONU, na qual foi rejeitada uma proposta de condenação da ofensiva militar, apresentada pelos russos.

Em Portugal, o Presidente da República referiu-se aos ataques feitos por "três amigos e aliados" e limitados "a estruturas de produção e distribuição de armas estritamente proibidas pelo direito internacional e cujo uso é intolerável e condenável", citando a posição assumida pelo Governo português, através do Ministério dos Negócios Estrangeiros, que disse compreender as razões que levaram à intervenção militar desta madrugada na Síria, defendendo, no entanto, ser necessário evitar uma escalada do conflito.

No espetro partidário, os ataques foram condenados pelo PCP e pelo BE, enquanto PSD e CDS-PP manifestaram apoio à ação dos Estados Unidos, Reino Unido e França. A CGTP-IN também veio a público criticar os ataques.

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