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António Costa. "A confirmarem-se" casos de corrupção será "desonra para a democracia"

03 mai, 2018 - 18:11

Governante foi confrontado com os casos Sócrates e Manuel Pinho.

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O primeiro-ministro diz que em Portugal ninguém está acima da lei e que, "a confirmarem-se" as suspeitas de corrupção nas políticas de energia por membros do Governo de José Sócrates, será "uma desonra para a democracia".

"Se essas ilegalidades se vierem a confirmar, serão certamente uma desonra para a nossa democracia. Mas se não se vierem a confirmar é a demonstração que o nosso sistema de justiça funciona", respondeu António Costa.

O chefe de governo assumiu esta posição na conferência de imprensa conjunta com o primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, após ter sido confrontado com os casos judiciais que envolvem antigo ministro Manuel Pinho e o antigo chefe de Governo socialista José Sócrates.

Interrogado se, tal como o presidente e o porta-voz do PS, Carlos César e João Galamba, respetivamente, também se sente envergonhado com estes casos que envolvem José Sócrates e Manuel Pinho, António Costa contrapôs que é "primeiro-ministro" e que se encontra agora no estrangeiro.

"Temos de manter a política energética que dê prioridade às energias renováveis e não há qualquer eventual facto criminal praticado por este ou por aquele que possa comprometer o sucesso de uma política. Não confundamos as opções políticas com aquilo que podem ter sido os comportamentos - comportamentos que a justiça, que é independente em Portugal, terá todas as condições para esclarecer e para dirimir", disse.

Neste ponto, o líder do executivo português salientou depois a importância de a justiça esclarecer aquelas suspeitas.

"Não há nada pior para a democracia do que haver suspeições que não estão confirmadas em sentenças transitadas em julgado. Aquilo que desejo é que o nosso sistema de justiça funcione, confio que funcione, e que se apure o que houver a apurar", acentuou.

Perante a pergunta sobre a situação de José Sócrates e do antigo ministro Manuel Pinho, o primeiro-ministro começou por reiterar a tese da separação entre política e justiça", dizendo, designadamente, que "é preciso não confundir as questões no domínio da justiça com a política".

António Costa defendeu que Portugal tem de continuar a dar prioridade às energias renováveis, onde tem condições "únicas para estar na primeira linha".

Comentários
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  • Cidadão
    10 mai, 2018 Planeta TERRA 13:07
    Desonra para a democracia? Eh lá!! Desonra para i PARTIDO SOCIALISTA!!!
  • anónimo envergonhado
    04 mai, 2018 portugal 04:40
    Em Portugal a capa da demcracia tem servido para encobrir tanto ladrão e corrupto.
  • Filipe
    03 mai, 2018 évora 22:47
    A milhares de Km´s já comenta casos de justiça ou lá como se chamam os tribunais em Portugal , enquanto o Super Primeiro Ministro de Portugal anda a inaugurar mercados no Porto , foi-se o Presidente da República , quem acredita que existe está Demente . Que império anarquista se formou lá para o Ministério Público que de Público tem mais privado e fascista .
  • João Lopes
    03 mai, 2018 Viseu 20:36
    Maria João Marques escreveu no Observador (2-5-18): «António Costa, personificação do cúmulo da falta de vergonha, fez uma campanha eleitoral tentando, sem subtileza, reabilitar o socratismo. Per-deu nos votos, claro, mas não aprendeu. O governo que formou a seguir foi buscar numerosos ministros e secretários de estado muito distraídos que trabalharam com Sócrates». Os socialistas talvez pensem que também eles são “senhores disto tudo”, e não têm que prestar contas a ninguém…

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