Siga-nos no Whatsapp
A+ / A-

​Incêndios. Helicópteros que aguardam visto podem ser usados em caso de necessidade

08 mai, 2018 - 19:35

Ministro da Administração Interna explica que os 10 aparelhos que deviam estar operacionais desde o início de maio estão neste momento posicionados nas bases a aguardar o visto do Tribunal de Contas.

A+ / A-

Os 10 helicópteros que deviam estar a operar desde o início de maio estão posicionados a aguardar visto do Tribunal de Contas, mas serão usados caso exista uma situação meteorológica excecional, afirma o ministro da Administração Interna.

"Se para a semana existir uma situação meteorológica excecional, utilizaremos todos os meios à disposição do Governo, isso significa ajuste direto", disse Eduardo Cabrita aos deputados da comissão parlamentar de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias.

"Se porventura não existir ainda visto, será feito ajuste direto por razões de emergência", adiantou.

O ministro explicou que os 10 helicópteros que deviam estar operacionais desde o início de maio estão neste momento posicionados nas bases a aguardar o visto do Tribunal de Contas.

O governante precisou que a lei de base da proteção civil prevê a requisição civil de meios quando é necessário.

"Com apoio da estrutura da missão, em articulação com o IPMA [Instituto de Português do Mar e da Atmosfera] temos condições, com alguns dias de antecedência, para responder a situações excecionais", disse.

Eduardo Cabrita afirmou que até ao momento esses meios aéreos "não foram necessários".

"Em nenhuma das mais de três mil ocorrências desde janeiro se mostrou necessário o recurso a esses meios", disse, adiantando esperar que o Tribunal de Contas seja célere.

O ministro disse também que, neste momento, estão adjudicados 42 dos 50 meios que se previa alugar, estando a decorrer a consulta para o ajuste direto dos restantes oito.

O dispositivo de combate a incêndios rurais estabelece para este ano um total de 55 aeronaves, sendo 50 alugadas e seis da frota do Estado.

No entanto, da frota do Estado, os três helicópteros pesados Kamov estão inoperacionais e apenas estão a funcionar os três helicópteros ligeiros.

Para substituir estes Kamov, o ministro disse que está a decorrer um processo de consulta para a contratação de três meios pesados "sem marca".

O ministro respondia aos deputados do CDS-PP Telmo Correia e do PCP Jorge Machado sobre os meios aéreos.

Telmo Correia acusou Eduardo de Cabrita de propaganda e de falta de resposta.

"Estamos aqui há três horas e ainda não disse quanto meios aéreos estão disponíveis. Devíamos ter por esta altura 20 disponíveis. Vamos ter os 55 que se falam. Em que condições, contratados aonde e a que custo", questionou Telmo Correia, criticando o facto de a Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC) ter quatro comandantes operacionais no espaço de um ano e meio.

"Não basta dizer que o novo é muito bom. Ainda não começou a época de incêndios e já há demissões", frisou ainda o deputado do CDS.

Também o deputado do PCP Jorge Machado se manifestou preocupado por haver mudanças no comando operacional da ANPC em cima do início do período crítico de fogos florestais.

Tópicos
Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

Destaques V+