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Marcelo rejeita interferência no caso Manuel Vicente

11 mai, 2018 - 18:13

Presidente da República diz que tinha a certeza de que Portugal e Angola iam entender-se.

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O Presidente da República rejeita que os seus comentários sobre a transferência para Angola do processo que envolve Manuel Vicente possam ser interpretados como intromissão na esfera da justiça, argumentando que "ninguém se imiscui numa decisão tomada".

Marcelo Rebelo de Sousa salientou a importância das relações luso-angolanas, declarando: "Estão em causa centenas de milhares de pessoas, portugueses e angolanos. E, portanto, quando estão em causa centenas de milhares de pessoas, isso é tão forte, tão forte, tão forte, que é mais forte do que tudo".

O chefe de Estado falava durante uma iniciativa na Baixa de Lisboa, em resposta à comunicação social, que o confrontou com a estranheza manifestada pelo conselheiro de Estado e antigo deputado e dirigente do Bloco de Esquerda Francisco Louçã face aos seus comentários e do primeiro-ministro sobre este processo.

"Não é só o presidente angolano, o primeiro-ministro português e o presidente português ficaram muito satisfeitos. Até acho um pouco estranho que façam tantos comentários sobre uma decisão judicial. Não é muito comum", afirmou Francisco Louçã à rádio TSF.

Questionado se os seus comentários não podem ser interpretados como uma forma de se imiscuir na justiça, Marcelo Rebelo de Sousa respondeu: "Que eu saiba, quando a decisão está tomada, ninguém se imiscui numa decisão tomada. A decisão está tomada, está tomada. Imiscuir é antes".

Marcelo Rebelo de Sousa diz que tinha certeza que Portugal e Angola iam entender-se. Tudo se resolveu, disse esta sexta-feira o Presidente da República, depois de ter falado por telefone com o Presidente de Angola, João Lourenço.

“O Presidente João Lourenço telefonou-me e eu tive a oportunidade de reafirmar os laços de amizade e de fraternidade existentes e de, olhando para o futuro, apostarmos na continuação da colaboração entre povos e entre Estados. Eu sempre tive a ideia de que estávamos vocacionados para estarmos juntos, independentemente dos pormenores mais positivos ou mais negativo, mas que o essencial se mantinha. Foi o que dissemos um ao outro e é aquilo que vai acontecer”, sublinha Marcelo Rebelo de Sousa.

Comentários
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  • furia
    11 mai, 2018 lisboa 20:23
    É evidente que a partir de certa altura Angola o maior e mais rico País de África ostracizou Portugal c respostas a nível internacional,na CPLP etc.O PREC anti regime angolano permitido no campo judicial,Assembleia Republica etc criaram grande hostilidade e Portigal a formiga contra o elefante teve vergonhosamente de recuar ou iria sofrer graves perdas na economia e finanças,estas já a ser afetadas com a lei acerca dascontas dos 50 000 euros.Quem quer tornar um País miseravelmente pobre.?
  • MASQUEGRACINHA
    11 mai, 2018 TERRADOMEIO 18:40
    Já vem tarde, o querido Marcelo. Deitou os foguetes, agora tem que apanhar as canas. Ele e os outros é que fizeram de uma decisão judicial, de fundamentos entre o cómico e o duvidoso, mas enfim, expectável, uma espécie de barulhenta vitória privada, tipo claque de futebol - mas a festejar a sua própria derrota! Perante o espanto e vergonha reflexa generalizados, pela falta de decoro, de sentido de estado, de um mínimo de respeito pelo Ministério Público, de simples bom senso. Mesmo quem não suspeitava, passou a suspeitar. E quem já suspeitava, adquiriu certezas. Da humilhação do triste espectáculo das explicações atabalhoadas não se livram - nem nós, infelizmente.

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