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​“O PS é o partido que melhor governa a economia e as finanças públicas”

25 mai, 2018 - 22:10 • Eunice Lourenço , Susana Madureira Martins

No discurso de abertura do 22º Congresso do PS, António Costa comprometeu-se com o fim das penalizações para as carreiras longas e prometeu políticas de família e de imigração para combater défice demográfico

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Foi um António Costa satisfeito com o trabalho feito e sem pressa de apresentar um programa eleitoral que se apresentou na abertura do 22º Congresso socialista. “O PS é o partido que melhor governa a economia e as finança públicas”, disse o líder socialista, no seu primeiro discurso ao congresso, que decorre este fim-de-semana na Expo Salão, na Batalha.

Costa abordou as quatro prioridades da sua moção estratégica - alterações climáticas, demografia, sociedade digital e desigualdades -, mas sem concretizações porque, como disse, nesta reunião, o PS pode “concentrar-se em algo que é raro, mas essencial: olhar para o médio e longo prazo”.

Antes de entrar nas prioridades da sua moção, o primeiro-ministro falou de duas áreas sociais em que tem tido sindicatos, oposição e parceiros de esquerda a apontar problemas: saúde e educação. Basicamente, para tentar contrariar a ideia de falta de meios.

Na saúde, segundo o primeiro-ministro, entraram mais de oito mil profissionais, entre médicos, enfermeiros e técnicos de diagnóstico. Na educação, salientou a formação de adultos e o aumento de lugares no pré-escolar.

António Costa também fez questão de abordar outro dos assuntos sobre o qual os seus parceiros de esquerda estão sempre a perguntar: o fim das penalizações para as longas carreiras contributivas. E que disse Costa? “Iremos continuar esse caminho” que tem um calendário definido até Outubro.

Ainda em matéria de Segurança Social, Costa defendeu a diversificação das fontes de financiamento, mas também sem pormenores.

Quanto às prioridades da moção, aquela em que o líder socialista acabou por se demorar mais foi a da demografia, com Portugal em risco de diminuir a sua população para sete milhões em 2060. O líder socialista prometeu “boas políticas públicas” que permitam às famílias terem os filhos que quiserem. Mas isso não chega.

“Precisamos de mais imigração para ter um saldo demográfico mais equilibrado”, continuou Costa, prometendo intolerância “para qualquer tipo de racismo ou xenofobia”.

Quanto à sociedade da informação, Costa citou os números da OCDE segundo os quais 14 por cento das atuais profissões podem desaparecer. “Para nós, a revolução digital tem de ser uma oportunidade, não pode ser uma revolução em que os robots substituem os seres humanos”, disse Costa, explicando que para isso é necessário um “sistema de ensino mais flexível” em que as crianças aprendam a aprender ao longo de toda a vida e não aprendam uma profissão que pode deixar de ser necessária.

No capitulo das desigualdades, o líder socialista considera que não é mais tolerável a diferença salarial entre homens e mulheres e as desigualdades territoriais.

A terminar, António Costa citou Mitterrand para dizer que “o socialismo continua a ser a ideia mais jovem do mundo” e deixou remoques à esquerda e à direita. “Não enfrentamos a divida com bravatas” – e à direita – “acabámos com o mito em Portugal de que a direita é que sabe governar a economia e as finanças públicas”. Antes já tinha dado um remoque aos dois lados do Parlamento ao dizer que o PS conseguir provar que era possível vencer a austeridade sem sair do euro.

Tudo para concluir: “O PS é o partido que melhor governa a economia e as finanças publicas.”

Comentários
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  • Helena Matos
    26 mai, 2018 Coimbra 16:50
    Como se fosse difícil governar o país depois deste sair da bancarrota e de apanhá-lo já fora de défice astronómico, já com a Troika a léguas, já com ida aos mercados a taxas de juro aceitáveis, já com taxa de crescimento positivo, já com desemprego a baixar, com exportações a subir, com balança de pagamentos equilibrada, com dívida pública a reduzir e já com credibilidade externa em alta. Ainda ninguém do PS se perguntou por q razão é que a PaF ganhou as eleições em 2015? Todos sabemos que é chato ter que fazer os TPC mas dá jeito para perceber certas coisas, meus amigos.
  • Joaqum Santos
    26 mai, 2018 TOJAL 08:40
    Gaba-te, daqui a dez anos ficaremos a saber como foi o teu governo! Sócrates também era o maior.
  • JULIO
    26 mai, 2018 vila verde 06:34
    Este sem vergonha insulta a maoria dos Portugueses deuma sò véz mas é o mslhor aguenta zé pagode !..
  • Anónimo
    26 mai, 2018 03:05
    Como se fosse muito difícil governar melhor que a direita radical de PSD e CDS.
  • Helena Matos
    26 mai, 2018 Coimbra 00:33
    Então não é? Isso já se sabia. meu! O PS foi o partido que governou este país de 2005 a 2011 e deixou-o na bancarrota, mas a isso chama-se governar bem as finanças públicas. O PS foi o partido que pôs a economia a decrescer até ao valor negativo de 1.83 em 2011, mas a isso chama-se governar bem a economia. E Costa não tem vergonha de dizer isto! E salta a dizer q havia outro caminho. Houve, sim, mas só depois de alguém ter resgatado o país de um défice de 11,2% para 3,2% e de taxas de juro de 9% para 2%. Em 2011 a situação era tão jeitosa e desafogada q já nao havia ninguém q nos desse crédito a não ser a taxas insuportáveis. A criatura deve pensar q somos todos uns totós. Mas o povo português não tem memória assim tão curta. E escusa Costa de embandeirar em arco pq, como se sabe, o atual cresimento económico português de 2,2% é bem pífio, tendo em conta que a maior parte dos países da Europa está a crescer acima de 3%, com a Irlanda, a Polónia ou a Hungria em taxas de crescimento próximo dos 5%. Somos, tão somente, o 5º país a crescer... menos, entre 32. Que orgulho. meu!

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