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Catarina Martins pede "investimento público claro" no interior

17 jun, 2018 - 11:06

Para a coordenadora do Bloco de Esquerda "é preciso combater as assimetrias" e é preciso "objetivos concretos".

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A coordenadora do Bloco de Esquerda, Catarina Martins, disse este domingo que falta fazer "muita coisa" no território afetado pelo grande incêndio de Pedrógão Grande, sublinhando que é preciso um investimento "público claro" no interior.

"Hoje, quando lembramos a necessidade de reconstruir este território, homenageamos as vítimas, lembramos que é preciso continuar a apoiar as pessoas, lembramos as pessoas que não têm apoio e dizemos que é preciso, agora, um investimento público claro no interior", disse Catarina Martins, que falava antes de participar na "Caminhada de Memória", em que mais de 200 participantes percorrem 7,7 quilómetros da estrada nacional 236-1, via onde morreram grande parte das vítimas do fogo de Pedrógão Grande, há um ano.

Segundo a dirigente bloquista, "falta fazer muita coisa", considerando que é preciso não esquecer o que aconteceu na região.

Ao não esquecer, tem de se saber "o que falta fazer" e assumir "essa responsabilidade", notou, considerando que já se fez "muita coisa, mas podia ter-se feito muito mais".

"Acho que é preciso fazer mais agora", frisou, considerando que, quando se fala hoje dos perigos do abandono do território, é necessário "corrigir" os problemas, o que "significa, seguramente, uma política florestal, significa outra política agrícola e significa serviços públicos em todo o território".

Para Catarina Martins, "é preciso combater as assimetrias" e é preciso "objetivos concretos".

"Uma política muito concreta é garantir serviços públicos em todo o território. Uma política muito concreta é garantir investimentos que criam emprego em todo o território. Se não tivermos serviços públicos e emprego, o território vai ficando abandonado", frisou.

Nesse sentido, a coordenadora do Bloco de Esquerda recordou que, "nos últimos anos, foram encerrados muitos serviços públicos em todo o território", não apenas escolas, tribunais ou correios, como "serviços de proximidade do Governo", nomeadamente os serviços descentralizados do Ministério da Agricultura.

"É preciso ter essa visão de proximidade do tecido social e económica. Essa é uma opção de investimento", referiu, apontando como medidas no imediato para mitigar as assimetrias a paragem do encerramento de balcões da Caixa Geral de Depósitos e a reabertura de postos dos CTT.

O incêndio que deflagrou há um ano em Pedrógão Grande (distrito de Leiria), em 17 de junho, e alastrou a concelhos vizinhos provocou 66 mortos e cerca de 250 feridos.

As chamas, extintas uma semana depois, destruíram meio milhar de casas, 261 das quais habitações permanentes, e 50 empresas.

Em outubro, os incêndios rurais que atingiram a região Centro fizeram 50 mortes, a que se somam outras cinco registadas noutros fogos, elevando para 121 o número total de mortos em 2017.

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  • João Lopes
    17 jun, 2018 Viseu 21:55
    A situação social agrava-se em Portugal, em especial na Saúde e na Educação; os impostos indiretos vão de aumento em aumento; o governo social-comunista de Costa já não tem Passos Coelho para atribuir a culpa da sua péssima governação. O País não melhora com a verborreia e os malabarismos de António Costa…Já nem os parceiros comunistas do PCP e do BE que têm apoiado o Governo, estão com ele!
  • Mortes
    17 jun, 2018 lisboa 12:26
    Irracional e atraso desenvolvimento Nacional.A desertificação dura séculos .O interior não é atrativo para ninguém .Dê exemplo aparelho estado e desloque AR e ministérios centro do Pais ou mesmo interior.O primeiro Rei viveu e morreu em Coimbra.Tanto super -preocupação deveriam ser as mais de 500 mortes anuais nas estradas,c pontos negros identificadose continua-se na mesma-Tanta revolte causa pedrogao com morticínio nas autovias.Por questões eleitoralistas meter os dedos nos olhos do povo já é difícil.

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