Siga-nos no Whatsapp
A+ / A-

Governo alerta que preço dos combustíveis pode não descer

21 jun, 2018 - 18:59

O secretário de Estado dos Assuntos Fiscais avisou os deputados que as contas públicas correm riscos face à aprovação do fim do imposto adicional.

A+ / A-

O preço que os consumidores pagam pelos combustíveis pode não descer com o fim do adicional ao imposto sobre produtos petrolíferos, alerta o secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, António Mendonça Nunes.

O Parlamento aprovou esta quinta-feira, na generalidade, um projeto de lei do CDS que acaba com a sobretaxa.

O CDS prevê uma descida do imposto petrolífero até seis cêntimos por litro no gasóleo e de cerca de quatro cêntimos na gasolina, mas o secretário de Estado dos Assuntos Fiscais avisa que essa redução pode não chegar aos consumidores.

"A diminuição das taxas unitárias de ISP no quadro do mercado liberalizado de combustíveis não confere qualquer garantia da sua integral repercussão no preço de venda ao público", afirmou o governante.

António Mendonça Nunes reforça que as “as iniciativas apresentadas configuram medidas avulsas desligadas do contexto de qualquer política pública, orçamental ou ambiental”.

“Ainda para mais, são iniciativas que têm como resultado a perda imediata de receita sem que haja qualquer garantia de diminuição direta do preço de venda ao público dos combustíveis.”

O secretário de Estado dos Assuntos Fiscais alertou, também, os deputados para os perigos para as contas públicas da aprovação do fim do adicional ao ISP.

"A perda de receita fiscal associada às iniciativas em questão coloca um problema de sustentabilidade das nossas contas públicas", declarou.

"Trata-se de uma perda de receita considerável que importa que todos tenhamos presente, porque todos temos muito presente os esforços dos últimos anos que nos permitiram evitar as sanções da UE, sair do procedimento por défice excessivo, diminuir os custos de financiamento da República e ter uma trajetória de reposição de rendimentos, diminuição de impostos diretos e reposição de direitos", sublinhou António Mendonça Nunes.

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

  • Pedro
    24 jun, 2018 Pedreira 00:20
    E o que é isso de maioria absoluta?? Das ultimas eleições não resultou maioria absoluta de nenhum partido (aliás, já assim tinha acontecido em 2011), no entanto não aceitaram que o partido mais votado formasse governo, fizeram uma maioria com 4 partidos PS, PCP, PEV, BE; só o PS é que tem pastas governativas e por isso o PS faz o que quer e o que lhe apetece!! Por isso pergunto outra vez, o que significa maioria absoluta? O que parece é que só há maioria absoluta se se tratar de partidos de direita e só são democratas os partidos de esquerda. Tudo o que estiver fora deste conceito são ditadores e fascistas.
  • 21 jun, 2018 aldeia 22:39
    É extraordinário!......os combustíveis podem não descer de preço!.......este PS se não fôr apertado pelo PCP,pelo BE e até pelo CDS-PP,pensa que tem o "rei" na barriga....é por situações destas que nunca deverá haver maiorias absolutas.

Destaques V+