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Câmara de Lisboa

Medina vai manter acordo com o Bloco de Esquerda após demissão de Robles

30 jul, 2018 - 17:15

"O acordo político celebrado depois das eleições autárquicas entre o PS e o Bloco de Esquerda mantém-se inalterado", garantiu o autarca no Facebook.

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O presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Fernando Medina, anunciou esta segunda-feira que pretende dar continuidade ao acordo de governação autárquica com o Bloco de Esquerda, após o vereador do partido Ricardo Robles ter apresentado a sua renúncia ao cargo na sequência de uma polémica com um prédio que adquiriu com a irmã em 2014.

Na sua página oficial no Facebook, o autarca diz que entrou em contacto com a direção do Bloco e que esta "garantiu o empenho na prossecução do acordo", sublinhando que "o acordo político celebrado depois das eleições autárquicas entre o PS e o Bloco de Esquerda [...] mantém-se inalterado".

A publicação surge pouco depois de o "Expresso" ter avançado que a comissão política do Bloco de Esquerda vai voltar a reunir-se esta segunda-feira à noite, pela terceira vez desde que o "Jornal Económico" noticiou que Robles comprou um edifício no bairro de Alfama por 347 mil euros, que depois reabilitou e pôs à venda e que agora está avaliado em 5,7 milhões de euros.

O bloquista angariou duras críticas por praticar aquilo que sempre condenou nas suas intervenções enquanto político, envolvendo-se na mesma especulação imobiliária que tinha prometido combater.

Em comunicado no final da semana passada, o vereador agora demissionário defendeu-se com o argumento de que não fez nada ilegal, explicando o contexto do negócio familiar em 2014. Esta segunda-feira, perante a forte pressão política e pública, decidiu renunciar ao cargo que ocupava na autarquia da capital.

A reunião desta noite do Bloco, aponta o semanário, servirá para decidir quem vai suceder a Robles no cargo de vereador com o pelouro da Educação, Saúde, Direitos Sociais e Cidadania na Câmara de Lisboa.

Comentários
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  • Helena Matos
    05 ago, 2018 Coimbra 15:04
    O vereador do BE não pôs o cargo à disposição por algum pingo de vergonha na cara ou respeito pelos eleitores. Fê-lo pq não teve outro remédio. Imagine-se a criatura a abrir a boca e pra falar de habitaçao ou políticas sociais nesse âmbito. Seria a risota completa. Fê-lo, tarde e más horas e a contragosto. E sem pedir desculpa ao eleitorado q nele votou precisamente pelo discurso anti-especulação imobiliária, q proferiu dezenas de vezes. Diga-se em verdade q na falta de vergonha foi bem assessorado pelas líderes Martins e Mortágua, q tiveram o topete de dizer q a atitude do homem foi "exemplar". Em quê? Não despejando o casal de idosos? A lei não o permite (já não o permite há muito tempo, ainda o BE usava fraldas), e esquisito é q só lhes tenha dado a garantia de oito anos, pq segundo a lei, será até qdo eles assim o entenderem. A líder do BE voltou com a palavra atrás e afinal já acha q fez um erro de análise. Esquece-se q fê-lo insultando toda a gente, desde os partidos ao PR, passando pela Comunicação Social. Alguém a ouviu pedir descilpas por ter chamado urdidores de cabalas a uns e mentirosos a outros? O BE é feito desta gente, de gente q diz defender a escola pública mas q põe os filhos nos colégios privados; q é contra a Europa mas q aproveita os seus fundos em benefício próprio, q defende o SNS mas q corre pro consultório do medico amigo ou pra clínica privada qdo lhe dói o dente. Nada a fazer. É o ADN desta malta. Safam-se uns qtos, infelizmente mto poucos.
  • Proverbio Português
    30 jul, 2018 Portugual 18:56
    Tão ladrão é o que vai à uva, como o que fica a guardar a vinha.
  • Filipe
    30 jul, 2018 évora 18:50
    Não sei porquê mas este Presidente sempre que aparece parece esconder algo ...
  • fanã
    30 jul, 2018 aveiro 18:14
    Ao deixar o cargo a disposição, este vareador do B.E . Mostrou que tem princípios dignos , contrariamente a alguns outros "agarrados ao tacho", com irregularidades e incompetências bem identificadas, não tem a nobreza politica de o deixar.

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