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“Não queremos desencaminhar ninguém”, diz Santana Lopes

20 ago, 2018 - 09:53

Antigo líder do PSD pretende reunir no novo partido “pessoas com boas vidas profissionais que nunca estiveram na vida política” e que “possam constituir fator de renovação", suscitando "a confiança dos portugueses”.

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Pedro Santana Lopes começa esta segunda-feira o processo de recolha de assinaturas para formar o seu novo partido: Aliança. Em entrevista à Renascença, diz que pretende unir e cativar eleitores que têm optado pela abstenção.

“É uma força política que quer construir, quer unir; que aparece para contribuir para proporcionar soluções de Governo” e “espero que vamos buscar a abstenção”, afirma.

O antigo primeiro-ministro e líder do PSD diz que tem recebido mensagens de várias pessoas que dizem que nunca votaram ou votaram poucas vezes porque não têm tenho gostado do que veem. “Gostava de falar consigo sobre esse novo partido”, escrevem.

“Isto é o que eu recebo mais”, garante. Mas o objetivo não é desencaminhar ninguém do seu antigo partido (PSD) nem do CDS.

“Eu não falei com ninguém antes de sair. Foi uma opção. Eu não convido ninguém, não telefono a ninguém, não desencaminho ninguém de outros partidos para vir para aqui. Se as pessoas querem vir, se me falam ou se me procuram é com elas”, afirma.

“Nós vamos disputar eleitores”, destaca ainda.

Quanto a prazos, Santana espera ter o partido a funcionar já em setembro, mal termine o processo de formação no Tribunal Constitucional, e pretende concorrer a todas as eleições.

“Mal seja diferido o processo, temos plena capacidade de intervenção e aí concorreremos a todas as eleições que sejam disputadas – em primeiro lugar, as europeias, depois as legislativas e regionais. Nas europeias, eu não serei cabeça de lista”, garante, mas “queremos contribuir com bons nomes dentro de um princípio: contribuir para a renovação”.

É nesse sentido que, em resumo, o grande objetivo de Santana Lopes no novo partido é ir buscar “pessoas com boas vidas profissionais, que nunca estiveram na vida política, mas que possam constituir fator de renovação e suscitem a confiança dos portugueses”.

Esta segunda-feira, começa a recolha de assinaturas para o novo partido. “Começa a estar online as páginas do site onde está a apresentação simples da Aliança e também as instruções sobre como se proceder para fazer a assinatura”, explica.

“É um partido que respeita aqueles que são os princípios e valores que integram a identidade nacional e que se quer bater por eles e que entende que, como força política, quando eles estiverem em votação – por exemplo, no Parlamento – deve intervir com disciplina de voto”, indica.

“É uma força política que dá importância cimeira, na vida portuguesa e na governação, àquilo que chamam o trinómio cultura/inovação-investigação/mar. A importância do mar também económica, mas não só; é uma força política que quer construir, quer unir; que aparece para contribuir para proporcionar soluções de Governo”, resume.

Para formalizar o novo partido são necessárias 7.500 assinaturas, que serão depois entregues no Tribunal Constitucional.

Comentários
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  • Vera
    22 ago, 2018 Palmela 17:20
    Pois eu, não me importo de votar nele! ele pode não conseguir! da maneira em que o país está, se conseguir é milagre! mas pelo menos não é mentiroso! e se os reformados forem ajudados, se o serviço nacional de saúde melhorar, se os alimentos que compramos forem de qualidade, se os transportes forem mais baratos para quem trabalha, não para quem ande a passear! se as pequenas e médias empresas voltarem a funcionar, se houver vigilância em tudo o que é sítio: nas ruas, nos departamentos de saúde, nos Hipermercados, nos medicamentos (fora com os genéricos!) e que não falte nos hospitais aquilo que é preciso: muita limpeza e material cirúrgico em condições! se houver limpeza: nas ruas, dos terrenos, nas praias, nos transportes públicos, se a água for um bem essencial, porque já deixou de ser, faz tempo! e se derem valor a quem trabalha e acabem com os contractos a curto prazo! Pois eu até voto! aliás sempre achei o Dr. Santana Lopes uma pessoa, justo e educado. 'Ser justo e educado, é meio caminho andado' para que as coisas se tornem vantajosas, para termos um país que valha a pena. Que, de rebaixaria, já basta! O Dr. António Costa confia demais, em ministros que, nem todos, servem o país! e confiar nas autarquias, foi o pior que nos podia ter acontecido, a todos! "Aliança" bem escolhido... nova aliança, porque a que temos, está a perder o brilho, pois está. O Sr. Presidente Rebelo de Sousa, já deve de estar com isto tudo pelos cabelos! mas mal de nós, se ele pensar em sair.
  • Adelino Dias Santos
    21 ago, 2018 Mealhada 11:53
    Se a renovação que este Sr. F'Lopes pretende para a política é igual ou semelhante à "renovação" que "geringonçou" para a Língua Portuguesa, então mais vale estar bem quieto e calado. Se fundasse um partido Anti-Acordo Ortográfico, teria certamente direito a grande sucesso. Sendo um dos grandes culpados da trafulhice que a nossa Língua sofreu, não vejo e, sinceramente, não desejo que tenha sucesso.
  • 20 ago, 2018 zarco 14:43
    O único "desencamihado" é o protagonista deste "novo" partido!.......
  • Fernando Machado
    20 ago, 2018 Porto 14:41
    Mais um para ajudar à confusão que reina neste desgraçado País, em termos de política.
  • Filipe
    20 ago, 2018 évora 14:10
    Este faz lembrar o outro do clube Verde , resta saber lá nos fundos da Maçonaria quanto entrou para retirar votos a Rio e favorecer o Costa . Hitler antes de suicidar também declarava a guerra ganha ...
  • benjamin yhakov
    20 ago, 2018 Porto 10:35
    Tenho uma leve esperança que SLopes leve com ele toda aquela tralha neo-ultra-conservadora que teima em não largar os lugares de maior impacto e responsabilidade dentro do PSD. Pelo que a criação deste novo partido, pode ser uma mais valia para o definitivo e mais do que desjado enquadramento do PSD no seu lugar: centro-esquerda/centro direita.

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