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Jerónimo diz que Rui Rio foi "um pouco ingrato" e não precisa de ter "ciúmes"

02 set, 2018 - 17:03

Para o líder comunista, a atual solução de governo permitiu “novos avanços” e “uma reposição de rendimentos e direitos".

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O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, considerou este domingo que o presidente do PSD foi “um pouco ingrato” ao criticar a atual solução de Governo e aconselhou-o a não ter “ciúmes”.

“Não gosto de ser comentador de comentários de outros dirigentes políticos”, mas o presidente do PSD, Rui Rio, “foi um pouco ingrato”, no discurso que fez no sábado na Festa do Pontal, afirmou o líder comunista.

O Governo do PS, “em questões estruturais, de grande relevância, teve sempre o apoio do PSD e do CDS-PP”, justificou Jerónimo de Sousa, que falava aos jornalistas em Montemor-o-Novo (Évora).

À margem de uma visita à Feira da Luz/Expomor, nesta cidade alentejana, o secretário-geral do PCP argumentou que “o PSD não teve nenhum prurido, antes pelo contrário”, em “apoiar e seguir o Governo do PS” em matérias como “a legislação laboral”, a “chamada descentralização” ou “o BCP” e “a banca”.

“Portanto, não tenha grandes ciúmes porque isso não vale a pena”, aconselhou Jerónimo de Sousa, aludindo ao presidente do PSD.

A atual solução governativa, graças também à ação dos comunistas, afirmou o líder do PCP, permitiu “novos avanços” e “uma reposição de rendimentos e direitos que tem um grande significado e que teve impacto, aliás, no crescimento económico”.

Na Festa do Pontal, que este ano se mudou para Querença, no interior do concelho de Loulé (Faro), Rui Rio disse que o Governo não tem a vida “assim tão facilitada” até às legislativas de 2019, porque há cada vez mais portugueses a aperceberem-se dos “falhanços” desta governação.

“É notório para quem tem uma noção do tempo e do fenómeno político que, ao contrário do que muitos pensam e dizem, este Governo não tem a vida assim tão facilitada até as legislativas de 2019”, declarou o presidente social-democrata.

Para Rui Rio, é “notório” que, com o passar do tempo, “cada vez mais portugueses se apercebem dos falhanços desta governação e das limitações desta solução política”, o que abre a porta para que o PSD possa percorrer um “caminho favorável”.

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