17 set, 2018 - 09:45
António Costa está em Angola para uma visita oficial de dois dias. À chegada a Luanda, o primeiro-ministro disse que Portugal e Angola têm uma história "longa" e que o foco tem de estar centrado no futuro e não no passado.
Falando aos jornalistas momentos após ter aterrado no Aeroporto Internacional 4 de Fevereiro, em Luanda, onde hoje dá início a uma visita oficial de dois dias a Angola, Costa salientou o "muito" que, nas relações económicas bilaterais, se pode fazer numa área em que o nível é já "muito intenso".
"Há muito que podemos e devemos fazer em conjunto a nível das relações económicas entre os nossos países, que é muito intenso. Angola tem a grande missão de diversificar a sua base económica, de substituir pela produção muitas das suas importações", afirmou.
"E isso é uma oportunidade também para muitas empresas portuguesas poderem explorar. Estamos a criar um conjunto de instrumentos para que os agentes económicos dos dois países possam investir cá e lá. O acordo para evitar a dupla tributação é um caso, a remuneração e o alargamento da linha de crédito é outro caso, mas há vários objetivos nesta viagem", acrescentou o chefe do Governo português.
Questionado sobre se a visita a Angola, que se prolonga até ao final do dia de terça-feira, pode constituir um virar de página nas relações entre os dois países, António Costa respondeu que o foco é o futuro. "É a continuação de uma história longa, mas, como tenho dito, acho que cada vez é mais importante termos a noção de que liga-nos mais o futuro do que o passado. É concentrarmo-nos no futuro e é no futuro que temos de estar", afirmou.
Na visita a Angola, António Costa, que foi recebido no aeroporto de Luanda pelo ministro das Relações Exteriores angolano, Manuel Augusto, tem por objetivo retomar rapidamente os níveis anteriores a 2014 nas relações económicas e normalizar os contactos bilaterais político diplomáticos.
Hoje, primeiro dia da visita, que coincide com um feriado (o Dia do Herói Nacional, o programa de António Costa terá sobretudo uma componente económica, estando previsto um encontro à porta fechada com empresários portugueses que operam no mercado angolano.
O primeiro-ministro está em Angola para uma visita oficial que pretende normalizar as relações entre os dois países. Este estreitar de laços vai ter um “marco histórico” - como é chamado pelo Governo português - que é oacordo para evitar a dupla tributação entre os dois países