19 set, 2018 - 13:56
Fernando Medina admite, no programa Casa Comum da Renascença, o cenário de recondução de Joana Marques Vidal no cargo de procuradora-geral da República.
No dia em que a ministra da Justiça, Francisca Van Dunem, inicia as audições aos partidos sobre o tema o socialista não descarta essa possibilidade.
Fernando Medina faz um balanço genericamente positivo do mandato da procuradora à exceção de um ponto: as violações ao segredo de justiça.
“Há uma área menos conseguida, que é importante e não pode ser desvalorizada, de toda a forma como os processos hoje acontecem na praça pública. São atropelos graves ao direito da justiça, afirma o presidente da Câmara de Lisboa.
Apesar deste problema identificado, Fernando Medina admite que Joana Marques Vidal possa cumprir um segundo mandato na PGR.
“Com este balanço vejo bem que a procuradora seja reconduzida, vejo bem que pudesse haver uma solução diferente com um perfil com características parecidas com as de Joana Marques Vidal.”
No programa Casa Comum da Renascença desta semana, o social-democrata Paulo Rangel insistiu que Joana Marques Vidal deve ser reconduzida.
O eurodeputado faz um balanço positivo e reafirma que, por alguma razão, universo socialista não pretende a continuidade da procuradora.
“Não sei se há algum incómodo com algum caso, mas nem há razão para isso. Os casos que tocaram políticos também tocaram políticos de outras bandas, não com a mesma repercussão da Operação Marquês, que envolve um antigo primeiro-ministro, mas há outros casos que envolvem políticos de outros quadrantes. Depois há os clubes de futebol e os grandes empresários, com a falência do BES”, argumenta Paulo Rangel.
O eurodeputado do PSD destaca o facto de, “no meio de casos tão polémicos, a procuradora soube sempre ser uma pessoa muito contida e reservada. Não há uma declaração em falso da procuradora”, sublinha.