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Bloco quer que o Governo dê bandeira portuguesa ao "Aquarius II"

25 set, 2018 - 09:01

Até que tenha nova bandeira, o navio não pode navegar. Em 2018, morreram mais de 1.250 pessoas a tentar cruzar o Mediterrâneo Central.

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O Bloco de Esquerda quer que o Governo dê bandeira portuguesa ao “Aquarius II”. O último navio humanitário, que está no Mediterrâneo a resgatar migrantes, acaba de perder a bandeira do Panamá, que lhe terá sido retirada por pressão de Itália.

Até que tenha nova bandeira, o navio não pode navegar.

À Renascença, Pedro Filipe Soares diz que Lisboa pode resolver o problema. “O que nós pretendemos é que Portugal desencadeie as suas ações diplomáticas para permitir que o navio passe a navegar com bandeira portuguesa”, começa por pedir o bloquista, acrescentando que danado esse passo, o país associava-se a “uma política humana e solidária de quem olha para o Mediterrâneo e não deixa os migrantes à sua sorte”.

Pedro Filipe Soares fez esta proposta ao Ministério dos Negócios Estrangeiros, tendo sido enviada formalmente enviada ao Executivo, na segunda-feira, através da Assembleia da República.

No documento de duas páginas a que a agência Lusa teve acesso, o BE recorda que o navio "Aquarius", está ao serviço das organizações não-governamentais SOS Meditanée e Médicos Sem Fronteiras e que desde a primeira viagem, em fevereiro de 2016, resgatou 29.523 pessoas, possibilitando também evitar atrocidades, como as que são cometidas, nomeadamente, na Líbia contra civis.

"As organizações não-governamentais estão a pedir aos governos europeus que permitam ao 'Aquarius' continuar a sua missão, dando hipótese de registo de nova bandeira para que o navio possa navegar na região", refere a pergunta do Bloco de Esquerda.

Recentemente, o navio de salvamento - "cujas operações têm permitido salvar milhares de pessoas no Mar Mediterrâneo - viu o pavilhão ser retirado pela Autoridade Portuária do Panamá.

"De acordo com informações disponibilizadas, o navio deu assistência a duas embarcações em dificuldades, pelo que se encontram 58 sobreviventes a bordo", alerta o Bloco de Esquerda.

Em 2018, morreram mais de 1.250 pessoas a tentar cruzar o Mediterrâneo Central, pelo que, para o BE, "a proibição das operações de resgate de navios como o 'Aquarius' pode significar uma condenação à morte de milhares de pessoas".

Comentários
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  • Anastácia
    25 set, 2018 lisboa 14:46
    A formiga já tem catarro.Primeiro a Itália tem um governo que não brinca aos passarinhos.Antes do confronto gostaria de conhecer quais as dependências comerciais entre os dois países e depois decidir.Para comer é preciso ter,ser só qualquer coisa não chega.
  • Pereira Manuel
    25 set, 2018 Porto 14:37
    O bloco de esterco deve não tem votos para mandar na bandeira portuguesa.Levem os emigrantes para serem alimentados pela Catr'ina e Roubles e metam-nos em casa deles, nunca na casa dos outros.
  • Linda Melo
    25 set, 2018 Porto 14:35
    Segundo as últimas informações o governo português recusou a proposta do BE, mas aceita acolher os 58 sobreviventes que foram recolhidos pela embarcação e se encontram a bordo.
  • JOAQUIM S.F. SANTOS
    25 set, 2018 TOJAL 13:33
    Este barco dava jeito, para transportar os portugueses da Venezuela...!!!

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