05 out, 2018 - 12:24 • Paula Caeiro Varela , Eunice Lourenço
“Se o ministro da Defesa tiver responsabilidades nessa matéria, evidentemente, terá de tirar as devidas consequências” – foi, assim, de forma ainda que hipotética, que Carlos César, líder parlamentar e presidente do PS, admitiu responsabilidades de Azeredo Lopes no caso de Tancos e as consequências políticas.
Carlos César falava aos jornalistas na Praça do Município, em Lisboa, depois dos discursos de celebração do 5 de outubro.
Logo a seguir, o dirigente socialista enumerou o que se sabe do caso e disse que, neste caso, o Governo atuou com prontidão e “dificilmente” o ministro poderá ter responsabilidades no caso. Mas admitiu consequências políticas.
“Não ignorando que incidentes como estes que envolveram o caso de Tancos têm de ser resolvidos e, uma vez resolvidos, retiradas as devidas consequências políticas, o importante é preservar as nossas Forças Armadas, preservar a dignidade do Estado”, já tinha dito César que, questionado logo a seguir em concreto sobre o lugar o ministro da Defesa, admitiu também as consequências políticas evidentes caso se prove que tem responsabilidades.
César, comentando o discurso do Presidente da República, disse que “as nossas Forças Armadas são uma instituição central e referencial da nossa democracia que prestigiam o Estado português na sua dimensão interna” e também externa.
“As Forças Armadas são um esteio da dignidade nacional, um esteio do prestígio que o pais tem na Europa e na comunidade internacional e devemos estar empenhados na defesa desse instrumento fundamental”, afirmou Carlos César.