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Azeredo Lopes poderá ser chamado a depor no caso Tancos

25 out, 2018 - 09:58

O antigo governante poderá ter de explicar se teve ou não conhecimento da encenação da recuperação de armas.

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O ex-ministro da Defesa Azeredo Lopes poderá ser chamado a depor no caso Tancos. Segundo o Diário de Notícias, Azeredo Lopes será chamado pelo Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP), depois do seu ex-chefe de gabinete ter sido interrogado na quarta-feira.

Contactada pela Renascença, a Procuradoria-Geral da República garantiu que o Ministério Público do DCIAP “não tem, neste momento, qualquer diligência agendada no âmbito da designada "Operação Húbris"".

No inquérito do DCIAP, do qual saiu como testemunha, o tenente-general Martins Pereira terá dito que informou Azeredo Lopes da encenação da descoberta das armas roubadas em Tancos. O antigo governante poderá ter de explicar aos procuradores se teve ou não conhecimento da encenação da recuperação de armas.

O furto do armamento dos paióis de Tancos foi noticiado em 29 de junho de 2017, e, quatro meses depois, foi recuperada parte das armas.

Em setembro, a investigação do Ministério Público à recuperação do material furtado, designada Operação Húbris, levou à detenção para interrogatório de militares da Polícia Judiciária Militar e da GNR.

Na mesma altura, foi noticiada uma operação de encenação e encobrimento na operação, alegadamente organizada por elementos da Polícia Judiciária Militar, que dela terão dado conhecimento ao chefe de gabinete do ministro da Defesa, Azeredo Lopes, que se demitiu e foi substituído por João Gomes Cravinho.

Na semana passada, o Chefe do Estado-Maior do Exército, general Rovisco Duarte, também se demitiu, lugar agora ocupado pelo general José Nunes da Fonseca.

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  • João Lopes
    25 out, 2018 Viseu 12:43
    Se o ex-ministro da Defesa sabia da trapalhada que envergonha as forças armadas, com grande probabilidade deu a conhecer a situação ao Primeiro- Ministro. Ainda vamos ver que António Costa foi conivente e terá que abandonar o Governo de Portugal. Oxalá que não, mas…

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