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​Governo confia que eleição de Bolsonaro não muda relação entre Portugal e Brasil

29 out, 2018 - 12:03

Ministro dos Negócios Estrangeiros diz que a dimensão da comunidade portuguesa no Brasil e da comunidade brasileira é uma das razões que garante o futuro do relacionamento.

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O ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, acredita que a eleição de Jair Bolsonaro como Presidente do Brasil em nada vai mudar a relação com Portugal.

“Julgo que os traços fundamentais do relacionamento bilateral entre Portugal e o Brasil são permanentes, por razões históricas, por razões de proximidade cultural, por razões da forma como ambas as diplomacias trabalham muito bem uma com a outra”, diz à Renascença.

O chefe da diplomacia portuguesa avança ainda “três razões mais específicas” para a manutenção dessas relações. “A primeira é a dimensão da comunidade brasileira que reside em Portugal e da comunidade portuguesa que reside no Brasil, a segunda é a importância dos laços económicos entre os dois países e a terceira, que tem sido aliás desenvolvida muito nos anos mais recentes, é a cooperação científica e tecnológica entre Portugal e o Brasil”, especifica.

Augusto Santos Silva classifica o relacionamento bilateral como “muito denso”, manifestando o desejo e a crença de que assim continue.

Na segunda volta, os brasileiros foram chamados a escolher entre Fernando Haddad, do Partido dos Trabalhadores (PT) e Jair Bolsonaro (PSL) e os números não deixam dúvidas: 57 797 456, ou 55,1% dos eleitores, escolheram o líder do partido de extrema-direita.

Fernando Haddad, que ficou em segundo lugar na primeira volta, não foi além 47 040 819 votos - ou 44,9%.

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  • José Cruz Pinto
    29 out, 2018 ILHAVO 13:56
    Na pior das hipóteses, poderá vir a ser a mesma "apagada e vil tristeza" de sempre" dos nossos tempos modernos. Oxalá me engane redondamente, para o bem dos brasileiros que vivem no Brasil ou em qualquer parte do mundo e dos portugueses que lá estão, mas temo que se a criatura for tão boa como até agora aparentou e efectivamente disse que queria ser, muito venha a sofrer o povo brasileiro assim como os portugueses que lá vivem, com a agravante de vermos os nossos representantes (como, aliás, muitos outros) fechar "convenientemente" os olhos, em nome de iníquos paradigmas "comerciais", "diplomáticos" e "políticos" (dirão eles), mais ajustados à idiotia geral que vem inundando todos os continentes sem excepção. E, quanto aos brasileiros que cá estão - sempre e até agora muito bem-vindos -, caso tudo dê para o torto, será então bom que se decidam entre ficar e usar a liberdade que aqui têm e tanto e tanto nos custou para ajudar (ainda que à distância) a resgatar o seu país, ou - ficando o Brasil desfigurado, e porventura achando que tudo se tornou tão bom - voltem rápido para donde vieram. Perigos para a democracia já cá temos que bastem e não queremos mais.

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