09 nov, 2018 - 13:49
O ex-primeiro-ministro Francisco Pinto Balsemão vai lançar este mês os Encontros de Cascais, que serão uma espécie de Clube de Bilderberg à portuguesa para debater estratégia com destacadas personalidades da sociedade civil.
A notícia foi avançada pelo jornal "Público" e confirmada à agência Lusa por fonte próxima do ex-governante e fundador do grupo Impresa. O jornal "Expresso" vai ser organizador dos Encontros, disse à Lusa a mesma fonte.
Balsemão deixou em 2015 o Grupo de Bilderberg, que reúne destacadas figuras de áreas como a política e a economia a nível mundial, e decidiu lançar uma iniciativa semelhante em Portugal. O antigo 'patrão' da SIC e do Expresso pertenceu ao Grupo de Bilderberg durante 32 anos e, ao sair, deixou o seu lugar ao ex-primeiro-ministro e antigo presidente da Comissão Europeia José Manuel Durão Barroso.
Para lançar a discussão nos Encontros de Cascais, Balsemão convidou um grupo de 11 fundadores que inclui as presidentes da Fundação Champalimaud, Leonor Beleza, e da Fundação Calouste Gulbenkian, Isabel Mota, os empresários Vasco de Mello, José de Mello, Paula Amorim. o presidente da câmara de Cascais, Carlos Carreiras, o filho e atual líder do grupo Impresa, Francisco Pedro, os presidentes-executivos do Novo Banco, António Ramalho, da Galp Energia, Carlos Gomes da Silva, e da AON, Pedro Penalva, e ainda António Lagartixo, da Deloitte Portugal e Angola.
De acordo com a fonte contactada pela Lusa, cada fundador poderá convidar quatro personalidades, o que permitirá alargar o grupo de reflexão a outras figuras da sociedade civil.
O objetivo é colocar as mais destacadas personalidades da sociedade civil a debater problemas e soluções nas áreas económica, financeira e social.
De acordo com a notícia do Público, confirmada também pela Lusa junto de fonte próxima de Pinto Balsemão, os detentores de cargos políticos ficarão, para já, fora destes encontros.
Os Encontros de Cascais terão regras semelhantes ao do Clube de Bilderberg, que herdou o nome de um hotel holandês. Nas conferências podem participar apenas o grupo e fundadores e os seus convidados e não há cobertura jornalística.
Os fundadores, que terão um mandato de três anos, renovável por um ano, irão propor e aprovar temas para debater nas reuniões anuais, bem como os quatro oradores e convidados das quatro sessões plenárias de cada encontro, acrescentou a mesma fonte.