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Bloco insiste na luta pela descriminalização da eutanásia

10 nov, 2018 - 20:00

A certeza foi deixada este sábado por José Manuel Pureza.

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O dirigente bloquista José Manuel Pureza promete o regresso à luta pela descriminalização da eutanásia, numa intervenção em que homenageou o falecido coordenador João Semedo e seu exemplo, na XI Convenção Nacional do BE, em Lisboa.

"Foi uma luta de movimento antes de ser parlamentar e só foi uma luta parlamentar porque foi sempre luta de movimento. Foi e voltará a ser - e o compromisso do Bloco é voltar a estar nela por inteiro e voltar, agora sem o João [Semedo], a seguir a sua exigência de sermos ativistas da unidade para sermos ativistas das vitórias que mudam", garantiu.

Pureza aproveitou para deixar críticas ao PCP nesta matéria. "Houve uma esquerda que se juntou em nome dos direitos e da tolerância, mas houve também esquerda que falhou esta batalha, que quis ficar do lado do conservadorismo, que usou argumentos mais conservadores do que a direita encartada".

O vice-presidente da Assembleia da República referia-se ao PCP, que também votou contra a despenalização da morte assistida na passada sessão legislativa, juntamente com CDS e grande maioria da bancada do PSD, mas também deputados do PS. Iniciativas do género sobre esta temática só serão admissíveis no Parlamento na próxima legislatura, depois das eleições legislativas de 2019.

"E é com tudo o que aprendemos com esse povo que se levanta pelos seus, com tudo o que aprendemos com esses ativistas que abrem brechas de justiça lá onde a justiça parece mais blindada, é com todo esse saber acumulado que aqui vimos hoje dizer que agora é tempo da esquerda. Mais esquerda no país e na Europa", insistiu.

Pureza tinha citado antes João Semedo e o seu elogio à organização da luta pela despenalização da morte assistida como "o melhor que tinha visto na política em Portugal e do melhor que o Bloco tinha feito".

"O João [Semedo] deu tudo por essa luta. Foi o mais incansável de nós todos, o mais sábio, ambicioso e prudente de nós todos. Com o seu entusiasmo e a sua incrível capacidade de unir gente diversa constitui-se um movimento social forte, diverso, arrojado, competente", recordou.

Comentários
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  • João Lopes
    11 nov, 2018 Viseu 20:02
    Henrique Raposo na RR 28-05-2018: «a eutanásia não é um suicídio normal… porque a decisão final depende de um conjunto de médicos que tem de validar e executar a morte pedida.. é a usurpação da liberdade dos outros (dos médicos e enfermeiros) em nome de um alegado direito à morte… O ser humano terá sempre a liberdade radical para se matar, não pode é ter o direito de desviar o ónus do seu suicídio para outra pessoa ou para uma entidade coletiva e desresponsalizadora».
  • Eduardo
    11 nov, 2018 Porto 13:18
    A RR foi assaltada por um bando de ditadores estalinistas! Ainda têm a lata de dizer que são a emissora católica portuguesa! Se fossem católicos permitiam que os comentários pró vida e os comentários anti despenalização do crime da eutanásia, fossem publicados. Mas não, eles querem à força toda lavar do cérebro ao portugueses toda a mensagem do cristianismo. Tende vergonha!! Cambada de sovietes!

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