16 nov, 2018 - 13:35
Veja também:
O PCP exige o “cabal esclarecimento” e “apuramento de responsabilidades” das notícias que envolvem dirigentes do partido Pessoas-Animais-Natureza (PAN) em "alegadas atividades criminosas" a pretexto da defesa dos animais.
Os comunistas reagem, em comunicado, a uma reportagem da TVI sobre o grupo Intervenção e Resgate Animal (IRA), ao qual estará ligada Cristina Rodrigues, membro da comissão política do PAN e chefe de gabinete do deputado André Silva.
“As notícias que envolvem dirigentes do PAN em atividades criminosas realizadas a pretexto da defesa dos animais assume particular gravidade”, refere o PCP.
Para o partido liderado por Jerónimo de Sousa, “as ligações e relacionamentos estabelecidos entre o PAN e essas atividades exige o cabal esclarecimento desta situação e o correspondente apuramento de responsabilidades”.
O comunicado do Partido Comunista deixa duras críticas ao partido do deputado André Silva, considerando que, “sob o manto de preocupações sobre a natureza e os animais, e assente num discurso de intolerância, o PAN promove uma orientação de incriminação, de estímulo à delação e de criminalização de hábitos sócio-culturais, em si mesmo caldo de cultura para justificação de práticas criminosas”.
O partido Pessoas-Animais-Natureza já fez saber, em comunicado, que mantém a confiança política na sua dirigente Cristina Rodrigues, que vai pedir à Procuradoria-Geral da República que esclareça se está a ser investigada por alegadas ligações a um grupo violento.
De acordo com a reportagem da TVI, Cristina Rodrigues, do PAN, terá ligações ao IRA, que está a ser investigado pela Unidade de Contraterrorismo da Polícia Judiciária e pelo Ministério Público.
O grupo resgata animais alegadamente maltratados através de formas musculadas, como perseguições armadas aos donos, invasão de casa e ameaçadas de morte, segundo os relatos recolhidos pela estação de Queluz.
IRA critica reportagem "parcial" e defende-se de acusações
Através da rede social Facebook, o Intervenção e Resgate Animal (IRA) considera que a reportagem da TVI é “parcial” e representa um “atentado à causa animal”.
O IRA defende-se das acusações de uma das alegadas vítimas num caso relacionado com o resgate de uma égua maltratada e contrapõe que os elementos do grupo é que foram ameaçados.
“Porque não houve mandados de busca ou detenções face à gravidade dos actos descritos pela vítima?”, questiona o grupo.
[notícia atualizada às 15h43 - com a reação do PAN]