22 nov, 2018 - 16:21
A procuradoria-geral da República vai abrir um inquérito-crime ao deputado e secretário-geral do Partido Social Democrata, José Silvano, no âmbito do caso das falsas presenças no Parlamento.
A notícia está a ser avançada esta quinta-feira pelo semanário "Expresso", ao qual o gabinete da PGR referiu que, "na sequência da análise efetuada, a PGR decidiu remeter ao Departamento de Investigação e Ação Penal de Lisboa os elementos disponíveis com vista à instauração de inquérito".
O caso do registo de presenças falsas no Parlamento foi inicialmente noticiado pelo mesmo jornal no início do mês. Uma semana depois, a deputada social-democrata Emília Cerqueira convocou uma conferência de imprensa para assumir que foi ela quem "inadvertidamente" registou o seu colega de bancada.
Em causa neste inquérito podem estar os crimes de burla, falsidade informática e peculato. Citado pelo "Expresso", e confrontado com a notícia de que o Ministério Público vai investigá-lo, José Silvano respondeu: "Acho muito bem."
Esta manhã, Silvano e o presidente do PSD, Rui Rio, estiveram no Parlamento para a cerimónia solene que marcou o primeiro dia da visita oficial do Presidente angolano, João Lourenço, a Portugal. Já durante a tarde, o grupo parlamentar do PSD esteve reunido, mas nem Silvano nem Rui Rio estiveram presentes, encontrando-se a caminho de Castelo Branco.
Recorde-se que, no rescaldo das notícias sobre o registo falso de presenças, a PGR anunciou que ia analisar o carro a 7 de novembro. No dia seguinte, o secretário-geral do PSD disse aos jornalistas: "Sou eu que reclamo que a procuradoria abra uma investigação."