22 nov, 2018 - 20:37 • Paula Caeiro Varela
Desta vez não foram só os críticos da direção de Rui Rio. A reunião da bancada parlamentar do PSD desta quinta-feira acabou com gritos e deputados a falar uns por cima dos outros. Os relatos foram feitos por diversas fontes à Renascença.
O debate aqueceu, em grande medida, por causa das medidas lançadas pela direção nacional para combater a especulação imobiliária.
As críticas fizeram ouvir de deputados como Álvaro Baptista, a líder da JSD, Margarida Balseiro Lopes, ou de Ricardo Baptista Leite, que lamentou o facto desta reunião ser feita quando as propostas de alteração já foram todas entregues.
Outros deputados que criticaram a proposta da direção foram Hugo Soares, ex-líder parlamentar, Miguel Morgado, Carlos Abreu Amorim e Maria Luis Albuquerque, ex-ministra das Finanças que contestou não apenas a proposta sobre as mais-valias imobiliárias, mas também a proposta sobre a contagem do tempo de carreira dos professores.
Da parte da direção tiveram a garantia de que não haveria negociações com o Bloco de Esquerda sobre a chamada “taxa Robles”.
O próprio vice-presidente da bancada com a área do orçamento e finanças, António Leitão Amaro, disse que não assinou por essa proposta defendida por Rui Rio.
No final, o líder da bancada parlamentar, Fernando Negrão, questionado pelos jornalistas, acabou por repetir que o PSD não vai negociar com o Bloco de Esquerda e admite até que a proposta do seu partido possa vir a ser alterada.