23 nov, 2018 - 18:12 • Susana Madureira Martins com Redação
Carlos César está preocupado com a eventual indisciplina orçamental provocada pela aprovação de algumas das propostas de alteração ao Orçamento do Estado, nomeadamente a convergência PCP/PSD em relação à contagem do tempo de serviço dos professores.
No entanto, o líder do grupo parlamentar socialista garantiu, à margem de uma visita à ilha da Culatra, em Faro, que dá como adquirido que as propostas de ambas as bancadas serão aprovadas.
"O problema é justamente esse: é que eu não espero que isso não aconteça. E, por isso, tenho alguma preocupação e renovo, em nome do Partido Socialista, o apelo a todos os partidos políticos, para que tenham esse sentido de responsabilidade”, afirmou Carlos César.
O líder parlamentar revelou também que tem feito contactos com os parceiros de esquerda, precisamente para fazer este apelo em relação às votações na especialidade.
"As nossas preocupações, para já, centram-se sobretudo na salvaguarda da racionalidade daquilo que poderá acontecer nas votações das propostas de especialidade. Não escondemos que estamos preocupados com, digamos, alguma indisciplina do ponto de vista orçamental que possa resultar de uma votação menos cuidada por parte dos partidos políticos, inclusive daqueles que apoiaram a investidura do Governo”, começou por dizer, concluindo: “Temos procurado, com contactos, junto do Bloco de Esquerda, junto do PCP, junto do PEV, alertar justamente para que um Orçamento que não tenha equilíbrio, que não tenha sustentabilidade, é um Orçamento que não beneficiará, nem prestigiará uma experiência política como é aquela de um Governo apoiado pela esquerda portuguesa."
Para Carlos César, o único travão para evitar que aconteça a aprovação das propostas do PCP e do PSD é o travão à “irracionalidade”, não revelando se existe um plano B da parte do governo ou do PS. "Acho que para já o único travão é o travão à irracionalidade”, explicou.