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Negociar com este Governo "é um sacrifício desgraçado​", diz Mário Nogueira

28 nov, 2018 - 08:24

Na Manhã da Renascença, o líder da Fenprof lembra que o Primeiro-ministro "não é o dono do país" e está "obrigado" a negociar, em "sequência do que foi aprovado no Parlamento".

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O secretário-geral da Federação Nacional dos Professores (Fenprof) diz que negociar com este Governo "é um martírio, um sacrifício desgraçado", mas mostra-se disposto a voltar a discutir a questão da contagem do tempo de serviço.

"O sr. primeiro-ministro não é o dono do país - é apenas primeiro-ministro - e não terá outro remédio senão sentar-se para negociar. Por muito que isso nos custe. Porque quero dizer que também nos custa muito, porque, de facto, reunir e discutir seja o que for com os representantes do Governo do dr. António Costa, seja da Educação ou das Finanças, é um martírio, um sacrifício desgraçado. Isso é verdade, mas tem de ser e lá estaremos", disse Mário Nogueira, esta quarta-feira, na Manhã da Renascença.

O sindicalista reagia às mais recentes declarações de António Costa, que disse já ter negociado tudo com os professores.

"Tenho a ideia de que o dr. António Costa já entrou no espírito natalício e vai formulando os seus desejos na esperança de que o Pai Natal o ouça. Vamos ver se isso acontece, porque, ao que parece, o Pai Natal só existe para as crianças pequeninas", atirou Nogueira, argumentando que para "homens da política, como o primeiro-ministro, o que existe são as responsabilidades a que está obrigado, como a responsabilidade que é obrigado a assumir na sequência do que foi aprovado no parlamento".

O líder da Fenprof lembra que o decreto-lei do Governo "terá de chegar ao sr. Presidente da República e, se for vetado, não há decreto-lei. Se for promulgado, como já disseram vários partidos, a Assembleia da República entrará num processo de apreciação parlamentar que, pura e simplesmente, poderá alterar o decreto do primeiro ao último artigo".

Perante este quadro, Nogueira admite que António Costa "está a pensar que o Presidente vai promulgar e que a Assembleia da República altera o decreto todo, coloca a contagem integral do tempo de serviço tal como deve ser colocada, aplicará - que é isso que esperamos - a solução encontrada na Madeira, que mereceu o acordo do PS e, de facto, nesse caso, já não é necessário voltar à negociação, porque o assunto fica resolvido".

Nesta declarações, Nogueira diz ainda que Costa aludiu aos pareceres sobre a questão do tempo de serviço aprovados nas assembleias regionais da Madeira e dos Açores, mas "esqueceu-se" de dizer que, "no caso da Madeira, o PS votou as favor desse parecer negativo ao Governo da República e que, nos Açores, onde o PS tem maioria absoluta, o PS se absteve para fazer passar o parecer negativo".

"A Assembleia da República votou o que todos sabemos e, portanto, o sr. primeiro-ministro não tem a opor-se-lhe os sindicatos dos professores, mas sim as assembleias legislativas regionais e a Assembleia da República e vamos ver o que vai acontecer quando o diploma aprovado pelo Governo chegar ao sr. Presidente", acrescenta.

"Se o decreto-lei for promulgado, no dia 2 de janeiro estaremos à porta do Ministério a dizer que queremos que a negociação se faça", remata, em jeito de aviso, o secretário-geral da Fenprof.

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  • otário
    28 nov, 2018 coimbra 15:59
    O Costa não é dono do país, lá isso é verdade e TU POR ACASO ÉS O DONO DISTO TUDO ? Ó PÁ, as tuas Greves pelos vistos são sempre muito elevadas a adesões, mas porque será ? Pelo que ouvi ou li os professores quando fazem greve, nós os restantes portugueses pagamos-lhes na mesma o ordenado como se estivessem ao serviço, coisa que não acontece com os restantes escravos muitos deles com habilitações muito superiores aos professores e com mais carga de horas de trabalho e com ordenados de MER comparados com os vossos, não é verdade ? Já agora pede também um garrafão de água de colonia e um piaçaba. REZA PARA QUE O MEU AMIGO TOINO DAS BOTAS NÃO VOLTE, MAS TANTA FALTA FAZ PARA METER TANTO MALANDRO E LADRÃO NA CADEIA. b a s t a de tanto chulo e ladrão!

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