04 dez, 2018 - 18:20
No arranque da visita a Portugal, o Presidente chinês, Xi Jinping, convidou esta terça-feira o seu homólogo português a visitar a China em abril do próximo ano. Marcelo Rebelo de Sousa já aceitou.
Nessa mesma altura, Marcelo Rebelo de Sousa deverá ainda participar no fórum “Uma Faixa, Uma Rota”, o grande projeto comercial chinês que passa pela criação de uma nova Rota da Seda.
O Presidente português considerou que a sua deslocação à China em 2019, "correspondendo a convite acabado de formular" por Xi Jinping, e "a assinatura de um memorando de entendimento" sobre a iniciativa "Uma Faixa, Uma Rota" simbolizam a parceria entre os dois Estados.
"Simbolizam bem a parceria que desejamos continuar a construir, com diálogo político regular e contínuo, a pensar no muito que nos une", afirmou Marcelo Rebelo de Sousa.
Numa declaração aos jornalistas, o Presidente português referiu os dois países têm aliados muito diferentes, realidades regionais diversas, mas que isso não os impediu de viverem harmoniosamente em Macau e de trabalhar em conjunto.
“Isso não nos impede de trabalharmos em conjunto para a valorização do papel do Direito internacional, das organizações internacionais, a começar nas Nações Unidas, nem de defender o multilateralismo, os diretos humanos, a resolução pacífica dos conflitos nem de apoiarmos o livre comércio e as pontes de entendimento entre Estados e povos, e estarmos atentos ao ambiente e às alterações climáticas”, afirmou Marcelo Rebelo de Sousa, no Palácio de Belém.
O Presidente da China disse, na sala das Bicas, que as relações entre Portugal e a China estão a entrar no melhor período de sempre.
Xi Jinping disse que Portugal tem uma ótima posição geográfica e como passagem para a nova Rota da Seda
Também mostrou interesse em acelerar o Centro de Cultura da China em Lisboa e em reforçar a troca de estudantes inter-universidades, falando da amizade entre os dois países como uma força motriz.
Marcelo Rebelo de Sousa falou de uma parceria que ambos desejam continuar a construir.
“O mundo de hoje exige que os povos e os Estados superem as naturais diferenças de história, de cultura, de visão da sociedade e criem condições para mais paz, mais segurança, justiça, para que mais se respeite a legítima ambição das pessoas em todo o mundo à liberdade, igualdade, à dignidade”, sublinhou o Presidente português.