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​Marcelo pede ponderação aos grevistas "pelas milhares de pessoas afetadas"

11 dez, 2018 - 18:29

Presidente da República considera que quem faz greve deve ter em conta as consequências, "pelos milhares de pessoas afetadas, sobretudo crianças", e se o protesto tem um eco que "não começa a ser de alguma maneira negativo".

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O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, volta a pedir ponderação a quem faz greve, e que reflita sobre o eco das reivindicações junto dos portugueses.

"Quem exerce o direito à greve exerce um direito constitucional, legítimo e pensa que deve ter o maior eco possível para fazer vingar os seus pontos de vista. Mas deve medir se nesse eco não há uma reação da sociedade, pelos milhares de pessoas afetadas, sobretudo crianças" e se esse eco "não começa a ser de alguma maneira negativo", disse Marcelo Rebelo de Sousa no Palácio de Belém, em Lisboa.

O Presidente da República falava aos jornalistas - questionado sobre as greves que têm sido marcadas por trabalhadores em vários setores, sobretudo na saúde - no final de mais um encontro da iniciativa "Jornalistas no Palácio", que promove o diálogo entre estudantes e profissionais dos media portugueses.

"Essa ponderação é preciso [fazê-la] a cada momento, sabendo julgar se um processo muito longo, muito intenso e que atinge muita gente, é um processo que é compreendido facilmente pela sociedade portuguesa, ou não é. Essa ponderação tem de ser feita", disse Marcelo Rebelo de Sousa.

No entender do Presidente da República, há uma conjugação de fatores que explica a situação de contestação: "Há um direito em democracia e que tem de ser respeitado, sabemos que acabou a votação do Orçamento e começou há muito tempo o período eleitoral".

O apelo de Marcelo Rebelo de Sousa surge no dia em que o primeiro-ministro, António Costa, disse no Parlamento que cinco mil cirurgias foram adiadas por causa da greve dos enfermeiros.

Questionado se os eleitores portugueses devem já ponderar em quem votar nos próximos atos eleitorais, Marcelo Rebelo de Sousa disse que "o período eleitoral começou cedo demais".

"Estamos em pré-campanha eleitoral em muitos aspetos. Há tempo, nos próximos cinco meses, para os portugueses fazerem as primeiras escolhas. É um tempo de grandes escolhas. Aquilo que for decidido vai determinar largamente o futuro dos portugueses e de Portugal durante anos, mas há tempo para fazer esse debate eleitoral", disse.

Sobre o diferendo entre o Governo e a Liga dos Bombeiros Portugueses, o Presidente da República apelou a uma conjugação de esforços em nome da segurança dos portugueses.

"A ideia é que conjuguem os seus esforços. Não é de que haja uma situação em que aquilo que é dito em público, de parte a parte, em vez de criar clima para o diálogo, dificulte o clima para o diálogo. Está a tentar reformar-se o sistema de Proteção Civil. Quanto mais depressa houver diálogo, bom senso, pontos de entendimento, conjugação de esforços, melhor para todos", disse.

Marcelo Rebelo de Sousa participou no último encontro entre profissionais dos media com estudantes portugueses, que contou com a presença da jornalista Mafalda Anjos, diretora da revista Visão, e de alunos de escolas do Barreiro, da Figueira da Foz e de Lagoa.

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  • 11 dez, 2018 21:50
    Senhor Presidente, sendo o Senhor o Homem dos afetos, dos beijinhos e dos abraços e sendo também conhecedor da política nacional, já devia ter chamado a Si um certo número de COISAS que estão a MINAR a Sociedade Portuguesa. Não quero, não devo nem sequer estou a dizer qual a orientação que deveria ser tomada, mas, permita-me dar um ou uns exemplos. Será que o HOMEM " MULHER " ao ETERNIZAR-SE se torna ou tornará mais útil á SOCIEDADE? Talvez não, porque nada é eterno. Assim, temos na nossa Sociedade livre e democrática um SEM NÚMERO de PESSOAS que se ETERNIZAM. Temos os senhores deputados, temos os senhores autarcas, temos os ...... e os SINDICALISTAS. Senhor Presidente, já reparou que há s(S)indicalistas que teem mais anos dessa actividade do que anos de TRABALHO ou SERVIÇO? Há sindicalistas que andam pelos corredores dos Ministérios e já REFORMADOS da sua atividade. Ora a sua, deles, sobrevivência é incentivar as pessoas a contestarem e não a procurarem soluções que para qualquer mortal estão á vista de todos e bem perto deles. Já disse, porque assim aprendi, que uma sociedade como a nossa, não é SOCIAL e o Senhor pode e deve fazer com que este clima de autêntica ANARQUIA continue a pairar neste PAÍS. É imoral, desumano e antipatriotico o que se está a passar nesta NAÇÃO. HÁ Gente que passa FOME, não tem onde DORMIR, não tem as condições mínimas de EXISTÊNCIA e temos uma SOCIEDADE MÉDIA/BURGUESA a fazer PEDITÓRIO PÚBLICO para que lhes sejam pagos os dias de GREVE. ASSIM NÃO
  • Horácio
    11 dez, 2018 Horta 19:39
    Então o teu amiguinho Kostov anda a portar-se mal??? Deixa de papaguear e começa a trabalhar!
  • Cidadao
    11 dez, 2018 Lisboa 19:15
    Tenho uma ideia melhor Sr Presidente dos afectos: que tal incitar o Costa do sorriso trocista e "optimismo irritante" a negociar à séria com os Sindicatos, em vez da farsa que são as negociações do governo, que se arrastam ad eternum porque as propostas por parte do governo, são sempre as mesmas e todas no sentido de manter a semi-miséria reinante só para poder apresentar bons numeros em Bruxelas? E quando falham porque têm mesmo de falhar, o Costa do sorriso trocista tenta arranjar uma vaga de fundo da população contra os grevistas, coisa que já se viu que falhou porque passe os problemas que as greves trazem, a Opinião Pública compreende melhor o ponto de vista dos Sindicatos que o ponto de vista do Centeno-Costa? Chega de miséria. Aperte com o PM, senão aperta o povo. Também há coletes amarelos à venda por cá.

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