11 jan, 2019 - 21:08
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, explica que se encontrou esta sexta-feira com o líder do PSD para falar sobre diplomas pendentes e garante que não interfere na vida interna dos partidos.
“A vida do PSD é com o PSD. Não me vou pronunciar nem tenho que me imiscuir. O Presidente não tem que se meter na vida dos partidos”, declarou.
A reunião aconteceu no Porto a pedido do chefe de Estado, no dia em que Luís Montenegro desafiou Rui Rio a convocar diretas para a liderança do PSD.
O Presidente da República esclarece que o encontro serviu para conhecer a posição do líder do PSD sobre diplomas pendentes.
"Não interfiro nem vou interferir. As questões do partido a, b ou c são deles. Pedi ao dr. Rui Rio para ter uma breve conversa com ele hoje, porque tínhamos calendários completamente incompatíveis para a semana, para tratar três problemas de política interna e um de política externa”, disse Marcelo Rebelo de Sousa aos jornalistas, à entrada para um concerto na Casa da Música.
"Era muito importante saber a opinião, porque tenho que tomar a decisão sobre diplomas e tinha que falar com ele antes de tomar a decisão no começo da semana que vem”, frisou.
O Presidente adiantou que um dos temas da reunião foi a descentralização.
Depois do encontro com Rui Rio, o Presidente da República vai receber Luís Montenegro na segunda-feira, no Palácio de Belém.
“É outra coisa diferente, o doutor Montenegro pediu-me há dias para ser recebido. Eu recebo-o na segunda-feira”, esclareceu.
O Presidente sublinha que se vai limitar a ouvir o antigo líder parlamentar social-democrata que agora quer ser líder do partido. “Eu vou ouvir. Pedem-me uma audiência, eu vou ouvir. Não tenho que me pronunciar”, frisou.
Questionado sobre a turbulenta situação interna do PSD, Marcelo Rebelo de Sousa reforçou que não se intromete na vida dos partidos.
“Não tenho que me pronunciar, isso é uma questão dos partidos. A vida do PSD é com o PSD e a escolha relativamente ao futuro do país é com os portugueses que escolherão em outubro quem querem para governar o país”, afirmou o Presidente.