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Rui Rio não esclarece se vai marcar diretas no PSD. "Não tenho que andar a correr"

11 jan, 2019 - 20:16 • Redação

Líder do PSD falava aos jornalistas no final de um encontro com o Presidente da República, horas depois de Luís Montenegro ter oficializado o pedido de eleições diretas no partido.

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O líder do PSD, Rui Rio, recusou esta sexta-feira esclarecer se vai marcar diretas no partido após o desafio de Luís Montenegro.

"Não fazer de conta que nada aconteceu, seria hipocrisia. Em breve vou responder", declarou Rui Rio.

"Eu fui corredor de 100 metros quando tinha 20 anos de idade, agora é mais meio fundo e fundo. Com calma, na devida altura vou responder. Não tenho que andar aqui a correr", frisou.

O líder do PSD falava aos jornalistas no final de um encontro, num hotel do Porto, com o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.

Rui Rio confirmou que a reunião aconteceu a pedido do chefe de Estado e serviu para debater "temas de política interna e externa".

O Presidente da República vai receber o social-democrata Luís Montenegro, que quer disputar a liderança do PSD, a pedido deste, na segunda-feira.

A conversa entre Marcelo Rebelo de Sousa e Rui Rio acontece no dia em que Luís Montenegro anunciou que está na corrida à liderança do PSD e deixou duras críticas à atual liderança.

O antigo líder parlamentar do PSD confirmou, esta sexta-feira, que está disponível para ser “de imediato” candidato à liderança do partido, desafiando Rui Rio a marcar eleições diretas já e a apresentar a sua própria candidatura.

“Se tem mesmo Portugal à frente de tudo, mostre coragem e não hesite em marcar estas eleições internas, não tenha medo do confronto, não se justifique atrás de questões formais, o tempo é de confronto político”, afirmou, num desafio direito ao líder do PSD, numa declaração sem direito a perguntas no Centro Cultural de Belém, em Lisboa.

Luís Montenegro acusa Rui Rio de ser o protagonista de uma "oposição frouxa" ao Governo e de estar a conduzir o PSD para o "abismo".

Na quinta-feira, o Presidente da República recusou pronunciar-se sobre a situação do PSD, mas reiterou o entendimento de que, em abstrato, é bom para a democracia haver uma oposição forte, assim como uma área de Governo forte.

Marcelo Rebelo de Sousa foi questionado pelos jornalistas sobre a agitação interna no PSD à saída de uma iniciativa na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, e respondeu que, por princípio, "não se pronuncia sobre a situação interna de nenhum partido e, portanto, não abre uma exceção" para comentar "aquilo que é próprio da vida partidária, ou da vida sindical, ou da vida patronal".

"Eu o que sempre disse, em abstrato, e mantenho, foi que é bom haver uma área do Governo forte e uma oposição ou oposições fortes, isso é bom, e haver alternativas de poder", acrescentou o chefe de Estado, que falava no final de uma conferência promovida pela associação Ajuda de Berço.

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