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Câmara de Loures acusada de fechar contratos de milhares de euros com genro de Jerónimo

18 jan, 2019 - 07:36 • Redação

Situação foi revelada pela TVI. PCP acusa estação de fazer uma peça "anticomunista", sustentada na mentira e na calúnia.

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O PCP reagiu esta sexta-feira com indignação às notícias que colocam em causa a contratação direta de um genro de Jerónimo de Sousa pela Câmara comunista de Loures.

Uma reportagem da TVI, emitida na noite de quinta-feira, dava conta de que Jorge Bernardino, genro do secretário-geral do PCP, terá celebrado seis contratos com a autarquia, cinco dos quais por ajuste direto, por serviços como limpezas de vidros, trocas de cartazes ou substituição de lâmpadas, num valor que ultrapassou os 150 mil euros.

Segundo a televisão, o genro de Jerónimo de Sousa conseguiu os contratos depois de ter estado desempregado durante cerca de três anos e apresentou exemplos.

Em outubro de 2018, Jorge Bernardino terá recebido 11 mil euros por ter mudado oito lâmpadas e dois casquilhos. Em novembro do mesmo ano, também terá ganhado 11 mil euros por mudar 10 lâmpadas e substituir 160 cartazes publicitários.

Entrevistado pela TVI, o presidente da Câmara de Loures, Bernardino de Sousa, justificou as quantias praticadas dizendo que estes “são os preços do mercado”.

O PCP em comunicado, emitido na quinta-feira à noite, acusou a estação de fazer uma peça "anticomunista", sustentada na mentira e na calúnia. No mesmo texto é dito que “os serviços referenciados na reportagem decorrem de um contrato publicamente escrutinável a uma empresa unipessoal”, sublinhando ainda que “a TVI transforma, sem escrúpulos e falsamente, em escolha de uma pessoa”.

Lembra ainda que os contratos em questão são “idênticos” a outros “milhares” aos quais as autarquias recorrem.

Jerónimo Sousa reagiu à reportagem dizendo que "não se usa a família como arma de arremesso seja para quem for".

Comentários
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  • Sandro Gomes
    20 jan, 2019 Prior Velho 17:37
    Por uma questão de integridade não deveria ser permitido adjudicar serviços a familiares ou pessoas com relação directa com titulares de cargos públicos. Por mais que venham dizer que são os valores que se praticam no mercado ou que venceu o concurso de forma legal, a verdade é que a possibilidade de ter obtido informação privilegiada é grande. As pessoas que estão no círculo do poder (partidos) são uma vergonha e roubam o povo à descarada.
  • Vera
    19 jan, 2019 Palmela 15:02
    POIZ'É!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! Agora deviam de nos devolver o valor das TAXAS sobre o valor do consumo da água (bem essencial), que pagámos! O Bernardino vingou-se! passou tudo pela mesma peneira e não teve pena... francamente!!! e o outro senhor ficou entalado, como o Martim Moniz, para salvar o Afonso Henriques! A História de Portugal está a virar para banda desenhada? Se calhar vou aproveitar também, porque tenho muito jeito para desenho!
  • manuel luis dos sant
    18 jan, 2019 calheta-madeira 20:03
    claro que eles vão dar o pcp sem precedentes é que eles deram a psd
  • Eborense
    18 jan, 2019 Évora 16:05
    Ora aí está. A máscara vai caindo a esta comunada! Um desempregado, que antes tinha sido talhante, florista e empregado numa grande superfície, transformado num empresário de limpeza de vidros e colagem de cartazes à conta do dinheiro de todos nós. Os comunistas mostram-se muito indignados, tal como os berloquistas se mostraram com o Robles, mas factos são factos e o resto são tretas. E viva o Tio Jerónimo e toda a comunada, em geral!
  • José
    18 jan, 2019 Oeiras 11:22
    Só seguiram o exemplo do PS, PSD e outros quando estão nas Câmaras e o dinheiro e amiguismo estão sempre ligados. O Bernardino limitou-se a dar de mão beijada umas massas ao genro do patrão.
  • Rui
    18 jan, 2019 Lisboa 10:37
    Plataformas electrónicas de contratação pública onde se pagam milhares de euros para aceder e poder concorrer a vigarice começa logo aí impedindo a grande maioria das empresas de lutar pela vida em igualdade com as restantes para não falar que basta ir à página dos contratos públicos e verificar as adjudicações por ajuste directo ou não de milhões e milhões a toda a hora a indeviduos que quando se vai ver a morada fiscal algumas são no meio das montanhas onde não vive ninguém à anos que acontece assim e muitas empresas que concorrem neste mercado sabem muito bem as condições em que perdem os concursos na maioria das vezes sempre para os mesmos.
  • pedro guerreiro
    18 jan, 2019 lisboa 08:50
    Noticia martelada!

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