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PCP e a ADSE. "Governo não deve ceder à chantagem"

18 fev, 2019 - 15:23 • Isabel Pacheco

Secretário-geral dos comunistas admite "recorrer ao uso de mecanismos da requisição de serviços".

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Para o PCP com a saúde não se brinca, nem que para isso seja “necessário recorrer ao uso de mecanismos da requisição de serviços”. A ideia é defendida por Jerónimo de Sousa, para quem a situação da ADSE é “uma operação de chantagem” que “deixa claro o quanto vale o direito à saúde para os grupos privados”.

“O Governo não deve ceder à chantagem, e se necessário deve recorrer ao uso de mecanismos da requisição de serviços para que toda a capacidade na área da saúde se mantenha ao serviço das populações”.

A posição foi defendida pelo líder do PCP que, esta segunda-feira, na abertura das jornadas parlamentares do partido, em Braga, também não esteve para meio termo nas criticas à atuação do Governo, acusando-o de “travar uma politica de guerra aos trabalhadores da função publica”.

“As politicas do saem dois e entra um, ou em geral, nenhum porque assim manda a União europeia, a Zona Euro, o BCE e o FMI”, protestou Jerónimo de Sousa que não deixou de fora a “hipocrisia” da direita.

“Como soam a hipócritas os argumentos e as denuncias do PSD e CDS hoje em relação à situação dos serviços públicos”.

Para além dos serviços públicos e da saúde, também a agricultura, as pescas e o sector leiteiro foram temas abordados por Jerónimo de Sousa no inicio das jornadas, as ultimas da atual legislatura que garantiu que “não são de balanço”, mas de “olhar para a realidade”.

Com o mesmo olhar, mas em direção à Europa, João Ferreira apontou baterias a António costa e a “sua submissão às determinações da União Europeia”. Os responsáveis, diz, pelo “definhamento da produção nacional no enorme desaproveitamento de oportunidades e de potencialidades do país”. E nem Mário Centeno escapou ao discurso do eurodeputado:

“O primeiro ministro que se gaba de seguir à risca as determinações da União europeia e de com isso ter conseguido a promoção do seu ministro das finanças a presidente do Eurogrupo é o mesmo que diz que ou se aumentam os salários dos funcionários públicos – na sua maioria estagnados há uma década – ou se fazem intervenções em infraestruturas que delas carecem há pelo menos outro tanto tempo”. Par ano fim não fazer uma coisa nem outra”, rematou o cabeça de lista do PCP às eleições de maio.

As jornadas do PCP decorrem até esta terça feira, em Braga.

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