Rio diz que “pior” que familiares no Governo é PS entender ser “normal”

25 mar, 2019 - 23:42 • Lusa

Para o presidente do PSD, o Governo de Costa "põe à frente, em muitas circunstâncias, as relações pessoais e não exatamente a competência".

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O presidente do PSD considerou que "pior" do que relações familiares dentro do Governo é o PS entender ser "normal", considerando que esta "forma de governar o país é altamente descredibilizadora".

"O mal é que o presidente do PS entende que isso é normal. Isso é que me parece ser o pior", afirmou Rui Rio, quando confrontado pelos jornalistas com a resposta do também líder parlamentar do PS, Carlos César, às críticas do Bloco de Esquerda sobre o assunto.

"O mal é achar normal que o Governo, e depois tudo o que anda à volta do Governo, ande à volta, também, de laços familiares. Um primo aqui, um irmão e a mulher acolá. Mesmo o Conselho de Ministros parece uma ceia de Natal", reforçou, à entrada de uma reunião, à porta fechada, com militantes do distrito de Viana do Castelo.

Para Rui Rio, o Executivo, liderado pelo socialista António Costa, "põe à frente, em muitas circunstâncias, as relações pessoais e não exatamente a competência".

O líder parlamentar do PS confessou ter ficado surpreendido com as críticas do BE às relações familiares dentro do Governo socialista, afirmando que os bloquistas têm "abundantes relações familiares" na sua bancada. "Não percebo como é que o Bloco de Esquerda as pode fazer, sendo um partido onde se conhece que, no seu próprio grupo parlamentar, são abundantes e diretas as relações familiares", afirmou Carlos César, à margem das jornadas de proximidade do PS, no distrito de Portalegre, que hoje terminaram.

César foi confrontado com o conselho da coordenadora do BE, Catarina Martins, no domingo, para o PS fazer uma reflexão sobre as relações familiares dentro do executivo. E foi aí que o líder parlamentar e presidente do PS disse não querer comentar "acusações em concreto", mas que, "às vezes", fica surpreendido com este tipo de críticas, não só do BE, mas também de comentadores como Luís Marques Mendes, na SIC.

De Marques Mendes recordou que o pai foi deputado na primeira, terceira e quarta legislatura, o próprio foi "ministro por cinco vezes", deputado e líder parlamentar e "a sua irmã é deputada e dirigente parlamentar

Em dois dias seguidos, no sábado e no domingo, PSD e BE colocaram na agenda política e mediática as relações familiares entre membros do Governo, como é o caso, por exemplo, dos ministros Eduardo Cabrita e Ana Paula Vitorino (marido e mulher) e José Vieira da Silva e Mariana Vieira da Silva (pai e filha).

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julio
26 mar, 2019 vila verde 12:53
Deviam ter todos muita vergonha mas os xuxas são uma demais o zé vai pagar està abituado
João Lopes
26 mar, 2019 11:09
Esta situação fez-me recordar o que Henrique Raposo escreveu no expresso diário de 7-5-2018: «Esta é a cultura tribal do PS. O socialista típico vê-se como alguém especial, como alguém que tem uma superioridade moral intrínseca; vê-se, aliás, como o próprio dono do regime. Naquela cabeça, o regime é o PS e o PS é o regime e, portanto, um ataque ao PS é um ataque à democracia. O PS não é aqui muito diferente do PCP: o partido é uma extensão quase familiar ou pessoal do “camarada”. É por isso que o “camarada” do PS vê a prisão de Sócrates como uma humilhação pessoal; é como perder um filho para a droga. Mas a droga central desta história é mesmo a presunção de superioridade moral deste partido».
Petervlg
26 mar, 2019 Trofa 09:11
Tanto é normal no PS , que isto já vem do tempo do Soares.
Kr. Passos
26 mar, 2019 08:13
Acusam os socialistas de ter familiares no governo. Não há dúvidas para a oposição cavalgar as calúnias políticas com o apoio precioso da média familiar do PSD na Sic e da TVI. Por agora dá para evitar discutir falta das propostas viáveis no ano de eleições mas não vai dar para subida das votações. A oposição terá que mostrar o que vale verdadeiramente, porque por agora vale só uns artigos e declarações da chicana política sem valor.
Kr. Passos
26 mar, 2019 08:10
Logo depois de anúncio de baixa significativa dos preços dos passes apareceram por boca da P. Rangel e espalharam-se através da oposição e alguma esquerda “do caviar “com ajuda inestimável da média da direita as acusações de ligações familiares no governo, que supostamente prejudicam o desempenho do mesmo. Portanto a discussão centra-se no facto, que família prejudica “performans” dos governantes em causa, e se debata isso depois de 4 anos estes ministros ter dado provas do bom trabalho cada no seu campo. Interessante que não se discuta a agenda de PSD depois de quase 2 anos de novo poder de R. Rio. Por exemplo na área da segurança social, porque se calhar pouca gente a conhece por razão bem intendida: diminuição da importância do estado e sua substituição com fundos privados: seguros, contas bancarias individuais à parte, diminuição de TSU dos patrões. Agenda da saúde: mesma coisa: ataques da SNS e parte do estado favorecendo a parte privada, em detrimento do financiamento da parte publica. Só estas duas agendas de PSD são extensamente impopulares, portanto não convém serem discutidas ao público. Mas já as famílias socialistas sim, o povo gosta de apontar as fraquezas dos poderosos. Até basta inventa-las, pega tudo, neste povo massacrado das várias maneiras pelos privados e corruptos. Claro que a direita não diz que os governantes são corruptos, ou incompetentes, ou que tem os lugares indevidamente, sem concursos, ou que estavam na função pública anos e etc.