05 abr, 2019 - 14:13 • Manuela Pires
Os professores vão poder optar entre recuperar de uma só vez parte do tempo de serviço que esteve congelado para progredir na carreira ou de uma forma faseada entre 2019 e 2021.
Esta sexta-feira de manhã, durante uma visita à Futurália - Feira de Educação, Formação e Emprego, na Feira Internacional de Lisboa (FIL), o ministro da Educação disse aos jornalistas que os professores “vão poder escolher o melhor de dois mundos”.
O decreto aprovado ontem em Conselho de Ministros estende às carreiras especiais da função pública um mecanismo semelhante ao que foi aprovado para os professores, dando-lhes assim a possibilidade de optar por esta nova solução.
Tiago Brandão Rodrigues refere que “os docentes podem receber o bolo total" e ressalta que "são os únicos que o podem fazer".
"Aqueles que iriam receber o tempo mais tarde vão poder utilizar a opção do resto das carreiras especiais e comprimir no tempo e receber tudo de uma vez”, explicou o governante. "É uma boa notícia para os professores, que vão ver os dois anos, 9 meses e 18 dias [recuperados] mais cedo”.
Contudo, este não é o tempo reivindicado pelos sindicatos de professores, que continuam a exigir a contagem integral do tempo que esteve congelado, os 9 anos, 4 meses e dois dias.
Questionado pela Renascença sobre a possibilidade de greves que vão afetar o terceiro período do ano curricular em curso, Tiago Brandão Rodrigues lembra que “há uma agenda dos sindicatos, mas o Ministério está atento" e diz acreditar "que estas lutas não vão interferir na educação dos nossos jovens”.
O decreto dos professores que mitiga o tempo de serviço que esteve congelado vai ser discutido a 18 de abril na Assembleia da República por iniciativa do PSD, PCP e Bloco de Esquerda,que pediram a apreciação parlamentar do diploma.