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Rio duvida de eficácia de alterações à legislação sobre nomeações de familiares

08 abr, 2019 - 12:32 • André Rodrigues

O presidente do PSD tem uma visão muito diferente da do Presidente da República o chamado caso "Familygate" é um problema ético "que não se resolve pela via legal".

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O presidente do PSD, Rui Rio, declara-se disponível para analisar "todas as propostas e mais algumas" para introduzir ajustamentos à lei sobre nomeação de familiares para cargos na Administração Pública, mas duvida da sua eficácia.

"Se houver uma boa ideia que diga 'faz-se isto desta forma' e resolve-se praticamente o assunto... Mas eu não estou a ver. O que eu estou a ver é pequenos ajustamentos à lei onde se diga que não se pode nomear familiares diretos", disse Rio, esta segunda-feira, no Porto, à margem de uma conferência ECO Talks, promovida pelo jornal económico online ECO

O presidente do PSD insiste que o chamado caso "Familygate" é um problema ético "que não se resolve pela via legal".

Descambar para "o disparate"

Rui Rio reagira, desta forma, ao Presidente da República, que, em entrevista ao jornal i, insiste na possibilidade de alterar as regras, ainda antes das eleições legislativas de outubro. Marcelo Rebelo de Sousa defende que bastará a vontade dos partidos para introduzir alterações pequenas e simples.

Para o líder do PSD, não é bem assim. Rio defende que, perante uma eventual mudança à lei em período pré-eleitoral, "a tendência, normalmente, é para o disparate", porque "o legislador - neste caso, os partidos políticos - tenderão para a demagogia. Se calhar, neste momento, o PS seria o mais rigoroso para tentar limpar tudo isto que tem feito".

PS tem "marca forte" na cultura de nomeações familiares

Na perspetiva de Rio, a questão das nomeações de familiares está muito vincada no Partido Socialista, "mais do que nos outros partidos". O líder do PSD sugere que, "ao longo da sua história, o PS foi sempre numa lógica mais familiar", não apenas no que se refere aos graus de parentesco.

"É uma marca muito mais forte do que noutros partidos. Mas os outros também não estão imunes a isto", conclui.

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