16 abr, 2019 - 19:33 • Rui Barros, com Redação
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O principal líder da oposição, Rui Rio, considera que o Governo não pode fazer muito mais para além de servir de intermediário na questão da greve dos motoristas de mercadorias perigosas que colocou metade dos postos do país sem combustível.
Em declarações aos jornalistas, Rui Rio defendeu que, para além da requisição civil, o Governo só pode servir de intermediário, e que o PSD não atacará o governo “em algo que não tem responsabilidade”.
"O Governo não pode fazer mais. Eu não vou atacar o governo em algo que o governo não tem responsabilidade", argumentou o líder do PSD.
“A greve pode prolongar-se, mas esperamos que o Governo tenha essa capacidade de intermediação para que dure o menos possível. Mas não estamos no sector público, estamos no domínio privado e, portanto, temos também de contar com o bom senso da entidade patronal e dos trabalhadores”, disse Rui Rio, admitindo que os combustíveis têm um papel fundamental na atividade do Estado, nomeadamente para os serviços de saúde, de segurança.
“Não posso exigir aquilo que não é exigível. Não estaria a ser sério”, acrescentou o líder da oposição, questionado pelos jornalistas se o Governo não deveria ter agido mais cedo para prevenir uma corrida aos postos de combustíveis.
Neste momento, calcula-se que metade dos postos de combustíveis do país estejam sem a matéria, o que está a gerar filas enormes em diversas cidades, mas sobretudo na Grande Lisboa e Grande Porto.
A greve está igualmente a afetar os aeroportos de Lisboa e de Faro, havendo até vários voos que, após descolarem de Portugal, estão a ser desviados para Espanha a fim de se abastecerem.
Pouco antes das 18h00, foi avançado que a GNR estava a preparar-se para escoltar camiões-cisterna de Aveiras de Cima, onde se localiza a Companhia Logística de Combustíveis, até ao aeroporto de Lisboa, isto já depois de a TAP ter confirmado que ativou um plano de contingência para minimizar "ao máximo" o impacto da greve dos motoristas de transporte de matérias perigosas.