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​PCP não aceita "ultimato" do Governo e vai aprovar reposição dos direitos dos professores

03 mai, 2019 - 18:09

João Oliveira afirma que o compromisso do PCP é com os trabalhadores. “O caminho é de avançar e não de andar para trás", disse o líder parlamentar comunista após o primeiro-ministro ter ameaçado com a demissão do Governo.

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O líder parlamentar do Partido Comunista, João Oliveira, não aceita o que diz ser "a chantagem e ultimato do Governo", depois de o primeiro-ministro ter ameaçado demitir-se se a devolução integral do tempo de carreira dos professores for aprovada em votação final global no Parlamento.

Numa conferência de imprensa no Parlamento, João Oliveira disse que o partido vai votar pela reposição dos direitos dos professores, porque o compromisso do PCP é com os trabalhadores.

“O caminho é de avançar e não de andar para trás. A decisão do Governo de criar um clima de crise é uma operação de chantagem que resulta do calculismo eleitoral do PS”, acusou o líder parlamentar comunista.

João Oliveira acusa o Governo de tentar colocar "trabalhadores contra trabalhadores" e de utilizar os argumentos do anterior Governo PSD-CDS.

"Lamentamos que o PS procure abrir um clima de crise, ameace com a demissão e tente condicionar a Assembleia da República.

O PCP mantém a defesa da contagem integral do tempo de serviço para os professores e para as restantes carreiras especiais da Função Pública, sublinha.

O Governo demite-se se a devolução integral do tempo de carreira dos professores for aprovada em votação final global no Parlamento, anunciou esta sexta-feira o primeiro-ministro numa declaração ao país.

"Nestas condições, entendi por dever de lealdade institucional, informar o Presidente da República e o Presidente da Assembleia da República, que a aprovação em votação final global desta iniciativa parlamentar forçará o Governo a apresentar a sua demissão”, assegurou António Costa.

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